Uma marcha contra o racismo reúne 150 mil em Berlim. No dia 13, uma grande marcha atendeu aos organizadores do movimento coletivo #unteilbar (indivisível) que se formou e decidiu convocar o ato diante de manifestações e incidentes envolvendo manifestações de racismo em algumas cidades alemãs.
As pessoas caminharam pelas ruas centrais da capital alemã e se concentraram no portão de Brandenburgo. Na marcha eram ouvidas palavras de ordem tais como “Mais amor, menos ódio” e “Não há espaço para os nazistas”
Nos dias que antecederam a marcha em Berlim, houve atos que trouxeram milhares para as ruas de Hamburgo e Munique.
O chefe do Escritório Federal de Proteção da Constituição, Hans-Georg Maassen, teve de renunciar depois de negar a autenticidade de um vídeo mostrando ativistas de direita perseguindo imigrantes em Chemnitz. Nesta cidade, um garoto sírio foi morto em um atropelamento quando caminhava no acostamento de uma estrada e, logo depois, no local, foram pintadas suásticas celebrando a morte do menino.
Seis homens foram presos no início do mês acusados pela polícia alemã de planejarem atentados, eles pertencem a um grupo de ultradireita.
A direita realizou atos contra o “multiculturalismo” em Köthen, e Schönberg.
Entre os apoiadores do ato em Berlim contam-se organizações de apoio a refugiados, grupos LGBT, organizações muçulmanas.
A marcha foi aberta com uma faixa afirmando: “Solidariedade ao invés de exclusão- por uma sociedade livre e aberta”.
Os organizadores alertam para mudanças de comportamento e afirmam que “o racismo e a discriminação começam a ficar socialmente aceitáveis” e que “aquilo que até ontem era considerado impensável e impronunciável está se tornando hoje realidade”.