O neonazista alemão Bjorn Hocke foi condenado a pagar multa por usar palavra de ordem hitlerista durante campanha eleitoral de 2021 como integrante do partido direitista AfD
A justiça alemã multou líder da extrema-direita do país pelo uso de slogan nazista. O fascista Bjorn Hocke, do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) foi condenado, nesta terça-feira, a pagar multa de 13 mil euros pelo slogan “Tudo pela Alemanha” durante uma campanha de 2021.
“Tudo pela Alemanha” foi o slogan usado pelo grupo paramilitar nazista ‘Sturmabteilung’ ou SA (Tropas de Assalto), uma das principais facções de arruaceiros responsáveis pela ascensão de Hitler ao poder na Alemanha. Atualmente é ilegal no país usar de slogans, saudações e símbolos nazistas. Hocke, professor de história, argumentou que é um termo usado no cotidiano e disse ser inocente das acusações.
Bjorn Hocke, 52, é um dos líderes de extrema-direita do partido alemão, AfD, considerado um grupo extremista pelo próprio governo, chamou o monumento ao Holocausto em Berlim como “memorial da vergonha”, e reivindicou uma “virada de 180 graus” de como a Alemanha vê sua história. Em 2018, seu partido rejeitou um pedido de sua expulsão.
Em 2019, uma decisão de um tribunal alemão declarou justificável chamar Hocke de fascista por suas opiniões.
Integrantes do AfD já estiveram no Brasil. Em 2021, durante o governo Bolsonaro, Beatrix Von Storch, neta de um dos principais ministros de Hitler, foi recebida pelo presidente na época Jair Bolsonaro e a então ministra de Direitos Humanos, Damares Alves. Em abril deste ano, o deputado Eduardo Bolsonaro, foi para Berlim e se reuniu com essa mesma hitlerista Beatrix.