Foi sentenciado a prisão perpétua o supremacista branco, James Alex Fields, que jogou seu carro, dois anos atrás, sobre uma manifestação que protestava contra o neonazismo que tem realizado atos racistas na cidade de Charlotesville, no Estado de Virgínia, assassinando uma mulher e ferindo outras 30 pessoas.
Na sentença, pronunciada dia 21, o juiz negou o pedido de clemência, por uma pena menor que a perpétua, solicitado por ele e pela defesa. A defesa disse que o preço a pagar pela morte da manifestante “deveria ter limites” com base na “convicção de que ninguém é totalmente definido por seus piores momentos”.
Mas os promotores do caso defenderam que o admirador de Hitler não mostrou nenhum remorso desde o dia em que jogou o carro contra a manifestação levando à morte de Heather Heyer. Além disso, esclareceram que além dele merecer a pena, esta ajudaria a “deter outros a adotarem atos similares de terrorismo no país”.
Durante os procedimentos judiciais, Fields acabou admitindo, em março, a intencionalidade do crime.
Os promotores admitiram que não pediriam a pena de morte contra Fields, mas que não abriam mão da prisão perpétua.
Entre as manifestações racistas das quais Fields participou, está a acontecida em 2017, um protesto contra a retirada da estátua do confederado general Robert Lee, que comandou as tropas dos que se rebelaram contra a extinção da escravidão nos Estados Unidos levada a efeito sob o governo de Abraham Lincoln, levando a uma encarniçada guerra que ficou conhecida na história dos EUA como a Guerra de Secessão (1861 a 1865).
Os promotores apontaram para outras comprovações do supremacismo branco de Fields, que tinha o retrato de Hitler em sua mesa de cabeceira e que “demonstrou falta de remorso além de uma história pregressa de conduta racista”.