A pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, criticou a atuação do chamado “Centrão” nas articulações sobre alianças políticas. “Não é o Centrão que deve ficar no centro das eleições de 2018. Quem deve ficar no centro da grande transformação que o Brasil precisa é a população brasileira, é o cidadão brasileiro”, disse.
Marina critica a mudança de discurso para agradar os partidos do centrão que são “atravessadores do sonho brasileiro”.
“O centrão no Brasil acaba sendo o pêndulo que tenta puxar para sua agenda, que no meu entendimento não é a de melhor interesse do Brasil, qualquer candidatura que se coloque no cenário nacional. Chega do centrão terceirizar as mudanças do Brasil para o que lhes interessa”, disse.
AMBIENTE
Na última semana, a pré-candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, responsabilizou os governos Michel Temer e Dilma pelo crescimento do desmatamento em terras públicas no País.
“Eu não tenho dúvida de que a falta de credibilidade e de legitimidade do governo Temer, e a falta de compromisso da ex-presidente Dilma fizeram aumentar o problema ambiental. A primeira moeda de troca que aparece nas disputas dentro do Congresso, para manter apoio aos governos, seja ele Dilma ou Temer, é a agenda ambiental, a agenda indígena e a agenda dos direitos humanos”, disse, durante o encontro com integrantes do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, em Brasília
Marina também destacou que o Programa Nacional de Regularização Fundiária, sancionado com base na Medida Provisória 759, de Temer, legaliza o roubo de terras públicas na chamada Amazônia Legal. Para ela, o problema vem se agravando ao longo dos últimos governos.
“A regularização de várias áreas por sucessivas Medidas Provisórias começou já no governo Lula, depois que eu saí do governo. Depois no governo Dilma e agora no governo Temer, com essa lei de regularização fundiária e dá um sinal: ocupa terra pública que será garantido pelo governo federal”, destacou.
E completou: “Por isso que o aumento do desmatamento tem acontecido principalmente dentro de área pública, onde não deveria acontecer. Isso é apropriação indevida, é roubo de terra pública com a legalização em seguida, em função desses grupos pressionarem seus representantes no Congresso e esses representantes pressionarem os Executivos para que legalizem as áreas roubadas”.