![](https://horadopovo.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Trabalhadores-espanhois-querem-que-governo-nacionalizem-a-producao-que-a-japonesa-quer-suspender-Ana-Marti-ACN.jpg)
Por hora, fechamentos devem ocorrer nas subsidiárias em países fora do Japão
A fabricante de carros japonesa, Nissan, anunciou que estará fechando no mínimo 3 fábricas e que demitirá mais de 6500 trabalhadores mundialmente, depois que a tentativa de fusão com a Honda fracassou.
A repentina desistência da fusão entre as duas fabricantes japonesas foi anunciada nesta quinta-feira, 13. Ambas as empresas estão enfrentando problemas com a diminuição das vendas, lenta adesão para a fabricação de carros elétricos e dificuldades em competir com as fabricantes chinesas.
A parceria de US$60 bilhões, que iria criar a terceira maior fabricante de carros do mundo foi abandonada pelas duas empresas japonesas para, segundo elas, “priorizar a velocidade de tomada de decisões e a execução de medidas de gestão em um mercado cada vez mais volátil”.
Outra razão seria as intenções da Honda em transformar a Nissan em uma subsidiária e não um parceiro igualitário, o que fez o CEO da Nissan, Makoto Uchida, mudar de idéia.
“Embora ambas as empresas tenham uma longa história, não tínhamos certeza se isso refletiria nossa autonomia ou nos permitiria demonstrar nosso potencial ou força,” disse.
A Nissan, então planejou tomar suas “medidas de redução de custos”, como o fechamento de fábricas e demissões em massa, que teoricamente economizariam para a empresa cerca de US$ 4,14 bilhões de dólares até o ano de 2026. Duas fábricas nos Estados Unidos vão sofrer reduções nos turnos e o fechamento uma linha de produção na Tailândia, estão esperadas a entrar na mira de cortes da Nissan.
Outras duas plantas, ainda não divulgadas, também serão fechadas.
No total é esperado mais de 9.000 demissões, das quais até o presente momento, 6.500 cortes da linha de manufatura, já estão confirmadas. A Nissan espera cortar cerca de 20% de sua capacidade mundial de manufatura até abril de 2026, possibilitando uma margem de lucro de 4%.
Uchida, o CEO, não está descartando a possibilidade de fazer ainda mais cortes, futuramente, caso a empresa não consiga sair da dificuldade financeira em que está.
“Estamos discutindo isso há algum tempo. Este é um grande assunto. Sem tabu, temos que explorar todas as opções,” disse.