Secretário de Relações Internacionais da CTB enfatizou a necessidade de “ampliar a capacidade de mobilização e conscientização das bases”, e deu como exemplo a passeata no Congresso da UNE pela redução dos juros
“O Brasil precisa crescer, se reindustrializar, melhorar a vida do povo, realizar as mudanças sociais com as quais o governo Lula se comprometeu”, afirmou o secretário de Relações Internacionais da CTB, Nivaldo Santana, durante reunião da Direção Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), nesta terça-feira (18), em São Paulo.
As quatro últimas reuniões do COPOM, dirigidas pelo presidente do Banco Central “independente”, Campos Neto, mantiveram as taxas de juros em 13,75%. “O juro alto endivida as empresas e as famílias e impede o crescimento econômico”, apontou Nivaldo.
Ele enfatizou a necessidade de “ampliar a capacidade de mobilização e conscientização das bases”, e deu como exemplo a passeata no congresso da UNE. Outro exemplo, disse, “foi a manifestação gigante na Colômbia, promovida pelo presidente Gustavo Petro”.
Para o secretário da CTB é preciso “conquistar a maioria social. Sem isso, o governo não conseguirá implementar as medidas pelas quais foi eleito e destacou “acabar com juros alto e implementar uma nova política monetária”. Ele lembrou que “a formação de uma frente ampla em defesa da democracia foi fundamental para o êxito eleitoral em outubro do ano passado, com o isolamento e a derrota da extrema-direita”. E avaliou ainda que nossa capacidade de mobilização está insuficiente e citou como exemplos os primeiros de maio e os atos em frente aos BCs.
Nivaldo Santana, que é da Comissão Política do PCdoB e Secretário Nacional Sindical, afirmou que “o governo tem procurado adotar medidas para melhorar a vida do povo, como o aumento real do salário mínimo, a reposição para os servidores, que há anos não tinham seus salários reajustados e a igualdade de salário homem/mulher, para trabalho igual. Fez a plenária sindical e criou três grupos tripartites para regulamentação do trabalho em aplicativo, valorização do salário mínimo e mudanças na legislação trabalhista e sindical, colocando no centro a possibilidade de financiamento dos sindicatos com a contribuição negocial”.
“Mesmo antes de tomar posse, aprovou a PEC da Transição. No oitavo dia do governo, derrotou uma tentativa de golpe”…. Nivaldo avalia “que o saldo do governo nos primeiros seis meses “é positivo” e citou a retomada dos investimentos em Ciência e Tecnologia, o Plano Safra e a restauração da credibilidade mundial do Brasil “que Bolsonaro transformou num pária internacional”. Ele considerou que “o grande ativo político que nós temos é a capacidade do presidente Lula para enfrentar esta situação”.
CARLOS PEREIRA