“Em plena pandemia, o presidente da República foi para a porta do Palácio imitar uma pessoa com falta de ar. Imitar e rir! Rir de famílias e pessoas sofrendo por conta da Covid-19″, lembrou o ex-governador
O ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), acredita que Jair Bolsonaro “é mais próximo do diabo do que de Jesus Cristo”, especialmente por “rir de famílias e pessoas sofrendo” por conta da Covid-19.
“O Bolsonaro é mais próximo do diabo do que de Jesus Cristo. Se tivesse que se alinhar, se alinha facilmente nas hostes do diabo, do Satanás, do demônio. A construção cultural da figura do diabo é o mal, o violento, o perverso”, comentou Dino em entrevista ao Podcast Nacola.
“Lembremos: uma pandemia e o presidente da República vai para a porta do Palácio imitar uma pessoa com falta de ar. Imitar e rir! Rir de famílias e pessoas sofrendo! Fala que não é coveiro e que Covid é coisa de maricas. Isso é uma atitude cristã?”, criticou.
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“Isso é negócio do diabo, do Satanás, do demônio. Mesmo no crivo da religiosidade o Bolsonaro não passa”.
O ex-governador, que vai ser candidato ao Senado Federal, afirmou que Jair Bolsonaro deve ser derrotado nas urnas através de uma candidatura “ampla”.
“Bolsonaro é um extremista, procura ser o candidato de um pequeno segmento que tem ideias bem esquisitas. Um grupinho pequeno que quer ódio, confusão, arma, briga e que não gosta de trabalhar”.
Por outro lado, o ex-presidente Lula “é a negação disso. Ele tem amplitude, tem experiência administrativa, demonstrou resultado administrativo, fez coisas boas, conhece o Brasil… Está preparado, ao meu ver”.
Ainda no programa, denunciou o orçamento secreto, ferramenta usada pelo governo Bolsonaro para comprar apoio no Congresso Nacional. O que poderia ser uma “boa ideia”, segundo Dino, para ajudar projetos nas cidades e Estados, se transformou em “obra fantasma, negociata, compra e venda de nota fiscal”.
Segundo relatou, os governadores estão abismados com a proporção que o orçamento secreto tomou na política brasileira. Flávio Dino afirmou que “é um dever patriótico da próxima legislatura acabar com isso, acabar com essa indecência”.