
“De repente, ouvi uma enorme explosão, como um trovão, e toda a casa tremeu. Quando saí, tudo estava um caos,” disse Park, um residente local que estava em casa na hora do bombardeio
13 civis e dois soldados ficaram feridos nesta quinta-feira, 15, quando dois jatos KF-16 da força aérea Sul Coreana lançaram oito bombas perto de uma zona de treinamento durante exercícios em conjunto com militares americanos, com fogo real.
Segundo anunciaram oficiais militares e bombeiros sul-coreanos, o erro fez com que as bombas atingissem um vilarejo perto de Pocheon, a 40 km ao norte de Seul. Duas das vítimas estão internadas em estado grave. Sete edifícios e uma igreja foram danificados.
Mais de 50 residentes no vilarejo tiveram de ser retirados para evitar maiores danos devido a desabamento de prédios. Os moradores protestavam há anos os riscos trazidos por campos de treinamento tão perto da população civil.
Os militares sul coreanos comunicaram que os jatos KF-16 estavam fazendo parte dos exercícios quando “anormalmente” lançaram as oito bombas MK-82, de 225kg cada, em um caso de “erro de coordenadas”, fora da zona de treino, contra um vilarejo cheio de civis. A Força Aérea sul-coreana anunciou que conduzirá investigações e se desculpou pelo ocorrido.
“Lamentamos os danos civis causados pelo acidente anormal e desejamos a rápida recuperação dos feridos”, comunicou a Força Aérea sul-coreana. “Tomaremos ativamente todas as medidas necessárias, incluindo compensação pelos danos”.
“De repente, ouvi uma enorme explosão, como um trovão, e toda a casa tremeu. Quando saí, tudo estava um caos,” disse Park, um residente local que estava em casa na hora do bombardeio.
Depois do ocorrido, os militares suspenderam a continuação dos exercícios de guerra até que as investigações apontem as causas do acidente. Mas os exercícios em conjunto com o exército americano irá continuar em outras regiões do país.
Exercícios militares conjuntos envolvendo tropas americanas com forças da Coreia do Sul, ocorrem desde quando os Estados Unidos ocuparam a Coreia do Sul, em 1945, e são energicamente condenados pelo governo da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), principalmente aqueles que acontecem na fronteira ou em águas próximas da fronteira marítima entre os dois países.