
Os bolsonaristas se reuniram para um ato na Avenida Atlântica, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, na manhã deste domingo, 1° de maio. Uma das figuras notadas na esvaziada manifestação foi o ex-operador das “rachadinhas”, o bolsonarista Fabrício Queiroz.
Eles exibiram faixas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e contra o ministro Alexandre Moraes. Faixas em apoio ao criminoso Daniel Silveira também apareceram.
A manifestação foi esvaziada, muito aquém do que estavam esperando.

Na manifestação dos bolsonaristas, Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro e apontado pelo Ministério Público como operador do esquema de ‘rachadinha’ na Alerj, foi o principal personagem da manifestação. Ele chegou ao ato pouco antes das 11h, e foi muito requisitado para tirar fotos com o público.
No início da tarde, Daniel Silveira (PTB-RJ) discursou no ato e tomou as dores de outros criminosos como ele, punidos pelo STF por atacarem a democracia e as instituições democráticas, como o ex-deputado Roberto Jefferson. Ele vinha de um ato fraco em Niteroi.

“O Brasil hoje tem presos políticos: Roberto Jefferson, eu, Oswaldo Eustáquio, Wellington Macedo, Alan dos Santos exilado, e vários outros que talvez eu não consiga nominar aqui. Isso é inadmissível em um país que grita democracia. Fala que tem democracia, mas age como ditadura. Então, não se dobrem perante a arbitrariedades estatais. Quem manda no Brasil somos nós”, disse Silveira.
Um repórter-fotográfico do jornal Folha de S. Paulo e uma do jornal O Globo foram expulsos de um dos caminhões pelos organizadores com medo que eles registrassem o fiasco da manifestação. Os responsáveis pediram que eles descessem e, em seguida, falaram ao microfone que ambos “só queriam mentir” sobre o teor e o tamanho do protesto.
Nos caixas de som, uma paródia do funk “Baile de Favela” tocou com frases ofensivas às mulheres: “As minas de direita são as top mais belas, enquanto as de esquerda têm mais pelo que cadela”, “para as feministas ração na tigela”.
Os bolsonaristas também discursaram contra as vacinas. “Vacinar uma criança é condená-la a morte”, disse uma manifestante em cima de um carro de som, segundo o jornal O Globo. “Não se sabe do futuro, se as crianças serão inférteis, porque não é lido o que está escrito na bula da vacina”.
Sobre o Dia do Trabalhador, como não podia deixar de ser, nenhuma menção dos seguidores de Bolsonaro. Afinal, o seu governo é o pior da história para os trabalhadores, com desemprego recorde, carestia e salários arrochados.
Em meio à inflação generalizada no governo Bolsonaro, que atingiu o maior índice dos últimos 27 anos, a renda média do brasileiro continuou em queda em março, segundo a Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na sexta-feira (29).
A renda média, ou seja o rendimento médio habitual recebido de todos os trabalhos, por mês, caiu 8,7% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado.

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,1% no primeiro trimestre de 2022, na comparação com o terceiro trimestre de 2021. Ao todo, são 11,9 milhões de brasileiros desempregados. A população ocupada com algum trabalho foi estimada em 95,3 milhões, uma queda de 0,5% na comparação com o trimestre anterior, o que significa 472 mil pessoas a menos no mercado de trabalho, de acordo com instituto.
ALAGOAS
Em Maceió (AL), nem o trio elétrico foi capaz de atrair pessoas e o ato também foi esvaziado, apenas com poucos manifestantes portando faixas, bandeiras e declarações de apoio a Bolsonaro.