Para o ex-governador do Maranhão e senador eleito, Jair Bolsonaro usou o fato para mais uma vez atacar as instituições
Flávio Dino (PSB-MA), ex-governador do Maranhão e senador eleito pelo estado, se manifestou nas redes sociais para condenar a nota de Jair Bolsonaro sobre a reação de Roberto Jefferson à prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após os ataques à Justiça e a ministra Cármen Lúcia a quem chamou de “prostituta arrombada”. Segundo Flávio Dino, Bolsonaro usou o fato para, mais uma vez, atacar as instituições.
“A nota de Bolsonaro contém mais um grave absurdo: ele mistura um atentado contra policiais federais com o repúdio aos Inquéritos existentes no STF e no TSE. Ele os considera ilegais. Mas isso não faz parte das suas atribuições, pois os Poderes são independentes”, afirmou Dino.
Jefferson, ex-deputado federal (PTB-RJ) e apoiador de Bolsonaro estava em prisão domiciliar no inquérito sobre as milícias digitais e ataque à democracia e reagiu à prisão atirando com fuzil e granada contra policiais e ferindo o delegado Marcelo Vilella e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira, que estavam cumprindo o mandado de prisão neste domingo (23) no Rio de Janeiro.
Bolsonaro se pronunciou sobre o fato dizendo que repudia a “existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP”.
Flávio Dino se solidarizou com os policiais no Twitter: “Minha solidariedade aos policiais federais, que no cumprimento dos seus deveres, foram atacados por um criminoso bolsonarista. A lei é para todos, inclusive para os amigos íntimos do presidente da República. As instituições e o povo não podem ter medo desses bandidos”.
Já os bolsonaristas logo se solidarizaram com o criminoso Jefferson, que continuava na casa, armado com fuzil e granadas, e resistindo à prisão, entre seus apoiadores se encontrava o “padre de festa junina” que após os tiros contra os policiais foi para o local do crime. Ontem o padre fajuto acompanhava Bolsonaro em atividade de campanha.
“O tal Kelmon, o falso padre amigo e atual “assessor político” de Bolsonaro, é a prova viva dos vínculos íntimos do presidente da República com esse criminoso que tentou ASSASSINAR policiais federais”, escreveu Dino.
No início da noite o criminoso se entregou, sendo levado por policiais federais para prisão.