Procuradoria informou que, entre os denunciados, quatro foram detidos em flagrante por terem invadido a sede do STF
Novas denúncias foram feitas nesta quarta-feira (18) pelo Ministério Público Federal (MPF) contra os vândalos bolsonaristas que depredaram as sedes dos três poderes da República no último dia 8.
A denúncia, já encaminhada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), atinge cinco meliantes envolvidos nas depredações, sendo que quatro deles foram presos em flagrante por terem promovido os atentados exatamente na sede da Suprema Corte do país.
A Procuradoria informou que, no caso desses quatro vândalos, foi possível efetuar as detenções em flagrante quando os atos de destruição do patrimônio eram cometidos por eles no STF, o que permitiu agilizar a apuração dos lamentáveis fatos.
Já o quinto elemento denunciado foi flagrado, em vídeo, com a réplica da Constituição Federal nas mãos, objeto que já foi devidamente restituído ao Supremo.
Com isso, somam-se, até o momento, 44 denúncias apresentadas pelo MPF, pois, antes disso, na segunda-feira (16), outros 39 envolvidos nos ataques bárbaros aos prédios públicos foram denunciados pela invasão no recinto do Senado Federal.
Segundo os procuradores, os denunciados poderão responder pelos seguintes delitos: associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado contra o patrimônio da União; furto qualificado pelo rompimento de obstáculo; e deterioração de patrimônio tombado.
Carlos Frederico Santos, subprocurador-geral da República e coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, criado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, assinou todas as novas denúncias que o STF terá, agora, que avaliar em plenário o seu acatamento, a partir do que os golpistas acusados passarão à condição de réus.
O subprocurador sustentou as denúncias pontuando que “para chegar ao poder tem que ser pela via democrática”, informou que todos os acusados já passaram pelas audiências de custódia e tiveram os flagrantes convertidos em prisão preventiva.
O Ministério Público informou, ainda, que as apurações sobre os crimes praticados não cessarão e que novas denúncias poderão ser oferecidas contra os mesmos golpistas caso surjam novos fatos nas investigações no decorrer do inquérito, tais como organização criminosa, terrorismo, agressão a policiais e jornalistas, entre outros delitos.