Desde que Macri assumiu o governo, em 10 de dezembro de 2015, as contas de gás e eletricidade aumentaram 1000% e 600% respectivamente como consequência de sucessivos tarifaços, enquanto que o aumento médio dos salários durante os últimos 22 meses não superou 60%. No caso do gás se quer subir ainda mais a tarifa, chegando ao insustentável aumento de 1700%.
Essa situação não só impacta as condições de vida dos assalariados mas a política energética baseada na desregulamentação também representa um golpe contra o desenvolvimento das pequenas e médias indústrias, o comércio, a agricultura, enfim, para todo o processo econômico. Na véspera de uma nova rodada de aumentos nos principais serviços públicos, a Universidade Metropolitana para a Educação e o Trabalho (UMET) lançou o Observatório de Tarifas (OTA).
“O fim de subsídios previsto aprofunda o choque tarifário elétrico. Essas medidas têm graves consequencias sociais e econômicas para o comércio e a indústria. Uma atualização das tarifas não pode obviar o contexto socioeconômico”, advertiu o diretor do novo observatório, Marcos Rebassa, assinalando ainda que nem o fim os subsídios, nem o suposto atraso das tarifas justificam esses aumentos cavalares. “Nenhum outro fator da economia, nem sequer as minas e os plantadores de soja, e muito menos os trabalhadores, desfrutaram de aumento como esse”, disse.