Um assassino, munido de armas semiautomáticas, matou 50 muçulmanos que oravam em duas mesquitas na cidade neozelandesa de Christchurch. Ele foi identificado como Brenton Tarrant, tem 28 anos, é australiano. O primeiro-ministro de seu país, Scott Morrison, o designou como “um extremista de direita, terrorista violento”.
A informação oficial do Comissário de Polícia, Mike Bush, registrava o número de mortos em 49 fiéis. Mais um corpo foi encontrado posteriormente e as mortes na Mesquita Central (a mesquita de Al Noor) chegaram a 42 religiosos.
Após a chacina, na Mesquita Central, Tarrant se deslocou até a outra, nas proximidades, a de Linwood, e matou mais sete fiéis. Mais um falceu já no hospital de Chistchurch. 48 outras pessoas, incluindo crianças, foram hospitalizadas.
Além do assassino, foram presos mais três homens, um deles em um carro com armas e explosivos, nas vizinhanças do local onde ocorreu o massacre.
Jacinda Ardern, premiê da Nova Zelândia expressou seus sentimentos pelas vítimas e seus parentes declarando: “O que aconteceu em Christchurch é um ato de violência sem precedentes. Não há lugar para isso na Nova Zelândia. Os que foram atingidos são membros de nossas comunidades de imigrantes. Nova Zelândia é a casa deles. Eles são nós”.
Jacinda acrescentou que “este é um dos dias mais negros da nossa história. Este é o lar dos que foram agredidos, não de quem perpetrou este ato que só pode ser chamado de ato terrorista”.
“Esta agressão não espelha o que a Nova Zelândia é. Fomos agredidos exatamente por sermos o oposto, por nosso patamar de convivência, humanidade, bondade e compaixão”, declarou.
A jovem premiê tem se posicionado a favor do país acolher a imigração: “Esta é a coisa certa a fazer”.
As inúmeras mensagens de condolências e solidariedade chegam de toda a Nova Zelândia e de todas as partes do mundo. O papa Francisco se disse “profundamente triste com a tragédia que atingiu os neozelandeses e, em particular, a comunidade muçulmana do país”.
Ao enviar suas condolências, o premiê do Paquistão, Imram Khan, que é paquistanês e muçulmano, declarou que “culpa este ato aos que propalam o crescente sentimento de islamofobia, como se os 1,3 bilhão de muçulmanos, em todo o mundo, carregassem a culpa por qualquer ato cometido por um elemento islâmico”.
Tarrant, que cometeu a chacina na Mesquita Central, posicionou uma câmera em seu capacete e filmou o morticínio, transmitindo-o ao vivo através da Internet. Os criminosos também postaram um odioso ‘manifesto’ exaltando sua ideologia supremacista branca, identidade com perpetradores de outros massacres de fundo racista, além de “admiração” por Donald Trump, que segundo eles, “é um símbolo da renovada identidade branca” e por seu “objetivo comum” ao deles.
Meus sinceros sentimentos aos neozelandeses e a comunidade mulçumana por esse ato terrorista que sofreram. Que Deus vos console e o assassino seja severamente punido.