Presidente russo fez um pronunciamento no lançamento do memorial aos civis soviéticos mortos pelas forças nazistas nos 80 anos da libertação de Leningrado. Ele denunciou que “os resultados dos julgamentos de Nuremberg estão efetivamente sendo revistos no ocidente”
O presidente russo Vladimir Putin afirmou, neste sábado (27), na solenidade de abertura do memorial aos civis soviéticos mortos pelas forças nazistas alemãs na região de Leningrado, que vai esmagar as versões atuais do nazismo. “Hoje em dia os resultados dos julgamentos de Nuremberg estão efetivamente sendo revistos”, denunciou.
“REGIME DE KIEV É CÚMPLICE DE HITLER”
Ele afirmou que alguns países passaram a reescrever a história e branquear os nazistas para “se armar com ideologia e métodos hitleristas”. “O regime de Kiev é cúmplice de Hitler, membros das SS, e usa o terror contra aqueles que resistem”, afirmou o líder russo, acusando as autoridades ucranianas de submeter idosos, mulheres e crianças a “bombardeios bárbaros”.
Segundo o presidente Putin, “em vários países europeus, a russofobia está sendo promovida como política de Estado”. “Faremos tudo para minar e erradicar o nazismo de vez”, prometeu o chefe de Estado russo. Ele destacou o 27 de janeiro data que marca os 80 anos desde que o Exército soviético rompeu o cerco nazista a Leningrado, que começou em setembro de 1941 e custou a vida de mais de um milhão de civis.
Putin relembrou que a Alemanha nazista estava conduzindo um genocídio da população soviética, deixando uma cicatriz profunda em todas as gerações desde então, com memórias que nunca desapareceram nas últimas oito décadas. Em seu discurso de Ano Novo aos russos, o ex-presidente Dmitry Medvedev disse que a “derrota final” do neofascismo, uma ideologia que “os inimigos da Rússia estão tentando reacender”, deve ser o “principal objetivo” do país em 2024.
COMUNISTAS EM LENINGRADO
Na quarta-feira (24), o líder do Partido Comunista da Federação Russa, Gennady Andreevich Zyuganov, participou da Exposição “A Grande Guerra Patriótica nos Gráficos dos Artistas de Leningrado”. No período de 29 a 30 de janeiro, Zyuganov e o candidato presidencial do partido, Nikolai Mikhailovich Kharitonov, estarão em Leningrado.
Na data da derrubada do cerco nazista os comunistas, representantes do Partido Comunista da Federação Russa (PCFR), marcharam em formação solene até o monumento à Pátria, onde foram depositadas flores ás vitimas do nazismo. Os comunistas depositaram uma coroa de flores no monumento com poemas da musa da cidade sitiada, Olga Bergholz:
“Leningrados mentem aqui.
Os habitantes da cidade aqui são homens, mulheres e crianças.
Defenderam-te, Leningrado,
O berço da revolução.
Seus nomes nobres não podemos enumerar aqui,
Há tantos deles sob a eterna proteção do granito.
Mas saiba, você que ouve essas pedras:
Ninguém é esquecido e nada é esquecido.”
Em 27 de janeiro, o dia da libertação completa de Leningrado do bloqueio nazista, comunistas e partidários do partido realizaram um evento lembrando os 80 anos da libertação e de luto solene no Cemitério Memorial Piskarevskoye. Aqui, 500 mil pessoas que morreram durante o terrível bloqueio da cidade estão enterradas em valas comuns.
“O partido sempre defendeu a proteção da memória histórica e dará continuidade a esse trabalho no futuro. Não nos permitiremos esquecer o heroísmo dos defensores de Leningrado, o feito dos seus habitantes, as centenas de milhares de mortos e aqueles que sobreviveram e continuaram a lutar pela sua Pátria socialista”, disse o comunicado do PCFR.
A Rússia deveria viver o seu modo socialista de ser , porém não excitando e exportando o ódio e a guerra contra os outros países. Deveria lembrar e olhar no seu espelho que milhões de soviéticos foram mortos ou degradados para a Sibéria por não aceitar a ideologia comunista.
“Modo socialista de ser”? Na Rússia de hoje, em que o socialismo já acabou desde o início da década de 90? A propósito, esses “milhões de soviéticos mortos ou degradados para a Sibéria por não aceitar a ideologia comunista” fazem parte da propaganda ocidental – ou seja, da CIA e agências semelhantes – contra a URSS. E a Rússia não está “excitando e exportando o ódio e a guerra contra os outros países”. Pelo contrário, são os EUA e seus servos da Otan que tentam cercá-la. Mas vão fracassar, como os nazistas em Leningrado.