Em seu primeiro dia como presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex), o contra-almirante da Marinha, Sérgio Ricardo Segovia Barbosa, demitiu dois diretores da empresa indicados por Eduardo Bolsonaro e seguidores do astrólogo Olavo de Carvalho.
Letícia Catelani, ex-diretora de Negócios, e Marcio Coimbra, ex-diretor de Gestão Corporativa, que dispunham da confiança do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também seguidor de Olavo de Carvalho, foram demitidos na segunda-feira (6).
O presidente anterior, Alex Carreiro, ficou apenas uma semana no cargo e foi demitido.
Mario, antes de ser demitido, denunciou que os indicados por Eduardo eram “despreparados, inexperientes, inconsequentes e irresponsáveis”, e não respeitavam o estatuto da empresa, como quando nomearam membros do PSL que não tinham ensino superior completo.
Além disso, Ernesto mudou, na calada da noite, o estatuto da empresa, dando maior autonomia para os dois colegas.
“A chegada do novo presidente implicará em algumas mudanças na Agência, já iniciadas hoje”, como a demissão dos ex-diretores, anunciou a Apex. “Em breve, serão informados os nomes dos novos ocupantes dos referidos cargos, cuja indicação estará sob responsabilidade do Conselho Deliberativo Administrativo”.
Em seu Twitter, Letícia tenta fazer a campanha #somostodosleticia.
Os olavistas abriram guerra contra as demissões. Segundo eles, a culpa é do general Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo.
De acordo com os bolsonaristas-olavistas, o novo presidente da Apex cometeu um “ato ilegal” ao demiti-la. “A demissão de Leticia Catelani foi péssimo sinal”, tuitou um bolsonarista.
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