Solenidade foi realizada no gabinete presidencial e contou com a presença do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu posse nesta quarta-feira (13) aos três novos ministros do governo. André Fufuca (PP-MA), que assume o Ministério do Esporte no lugar de Ana Moser; Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE), que assume o Ministério de Portos e Aeroportos no lugar de Márcio França, que assume o novo Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Compareceram à solenidade, no Palácio do Planalto, pessoas próximas aos novos ministros e aliados políticos. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também esteve no encontro. Haverá solenidades de transmissão de cargo nos ministérios mais tarde nesta quarta-feira. A cerimônia de posse de André Fufuca (PP-MA) no Ministério do Esporte, prevista para as 18h30, não terá a presença de Ana Moser, até então a frente da pasta.
“Dei posse hoje, no meu gabinete, aos novos ministros do nosso governo, o deputado André Fufuca e Sílvio Costa Filho. As pastas do Esporte e de Portos e Aeroportos continuarão a realizar um ótimo trabalho”, disse Lula em suas redes sociais.
No mesmo dia em que ocorreu a cerimônia fechada de posse dos novos ministros, os nomes dos três foram publicados em uma edição extra do “Diário Oficial da União” que também trouxe a exoneração da ministra do Esporte, Ana Moser – que ainda não tem cargo novo definido no governo. Em uma edição extra, o governo também anunciou a medida provisória que cria o Ministério do Empreendedorismo e da Micro e Pequena Empresa, a ser comandado por Márcio França.
Dessa vez as cerimônias de posse foram feitas no gabinete presidencial. Não é a primeira vez que Lula opta por uma posse discreta. Em outra ocasião, a troca no Gabinete de Segurança Institucional ocorreu sem alarde. No caso da demissão da ministra do Turismo e a posse de Celso Sabino, houve uma cerimônia de posse com a presença de ministros e líderes do governo no Congresso.
As mudanças ministeriais foram motivadas pela necessidade de ampliação da base de apoio do governo no Congresso Nacional. Os novos ministros indicados, André Fufuca, que assume o Ministério do Esporte no lugar de Ana Moser, e Sílvio Costa Filho, que assume o Ministério de Portos e Aeroportos, no lugar de Márcio França, são integrantes do PP e do Republicanos, respectivamente. Com isso, o governo espera contar com votos desses dois partidos para projetos de interesse do Planalto.
O líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta (PB) afirmou que a posse fechada à imprensa “não incomoda” a bancada do partido, que reconhece o “gesto de aproximação” do governo com a nomeação de Silvio Costa como ministro. “Essa posse é uma posse, me parece mais fechada, com a participação apenas dos familiares do ministro com o presidente da República. Enquanto líder da bancada, fui convidado para representar nossos deputados e deputadas”, afirmou Motta.
Segundo o líder, o partido seguirá “independente” em relação ao governo, mas a bancada ajudará o novo ministro a “fazer uma gestão responsável”. “Não vamos mudar esse posicionamento, mas é óbvio e claro que, quando o governo reconhece aquilo que o partido fez, ajudando nas pautas importantes votadas até o dia de hoje, nós vemos isso com bons olhos. Isso traz uma satisfação para bancada que quer dialogar, estar mais próxima das pautas de interesse do país”, disse Motta.
O ministro Márcio França, foi oficializado no novo Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Portes. Segundo França, o presidente Lula lembrou que o setor responde por mais de 50% do PIB brasileiro, mas tem dificuldade de financiamento, e por isso é essencial a pasta. “As pequenas e médias empresas não têm muito a quem recorrer. Essa é a intenção da nova pasta”, afirmou o ministro.
“Eu e o vice-presidente Alckmin temos uma relação de anos, de intimidade, de convivência fácil. Eu já tinha dito ao presidente Lula que qualquer que fosse a incumbência, aceitaria. Fazemos parte de um time só, que raciocina como governo. A posição que cada um joga não tem muita relevância se tivermos um time unido”, resumiu.