A Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) ampliou em 253,64% o número de chamadas telefônicas rastreadas apenas dentro dos EUA. A estatística corresponde à espionagem da agência durante o ano de 2017 em comparação com o ano anterior, conforme relatório da NSA divulgado na sexta-feira (4).
No ano de 2016, a NSA interceptou 151 milhões de ligações dentro do país. Já em 2017, as interceptações saltaram para 534 milhões de ligações. O recorde marca o segundo ano da implementação de um sistema de espionagem estabelecido pela agência, contrariando uma lei de 2015 onde os parlamentares norte-americanos restringiram a capacidade da NSA coletar registros telefônicos em massa.
Em comunicado sobre o relatório, o porta-voz da NSA, Timothy Barret, afirmou que a agência “não alterou a maneira com que usa a sua autoridade para obter detalhes de registros de ligações”. Segundo ele, a espionagem interna não acessa o conteúdo das ligações, porém acaba com a privacidade dos usuários ao identificar os números do remetente e do destinatário da chamada, assim como controlam a duração da ligação.
A espionagem em massa do governo estadunidense contra seus cidadãos foi exposta em 2013 pelo ex-assessor da NSA, Edward Snowden, que desde então está asilado na Rússia.