Satélites do Inpe registraram 29.307 focos de incêndio
O número de focos de queimadas na Amazônia em agosto de 2020 foi o segundo maior desde 2008, apontam os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os satélites do Inpe registraram 29.307 focos de incêndio. Por conta de um problema no sensor Modis, do satélite Aqua, da Nasa, que presta serviço para o Inpe, pode ter acontecido uma subnotificação no mês.
Mesmo assim, desde 2008, o registro das queimadas em agosto de 2020 só perde para mesmo mês do primeiro ano do governo Bolsonaro, 2019, quando foram registrados 30.900.
O problema nos sensores impactou, por exemplo, nas notificações do dia 16, que foram apenas 199. No dia anterior, tinham sido registrados 1.436 focos de incêndio.
Segundo o Greenpeace, outros satélites que observavam a Amazônia não detectaram nenhuma queda nos focos de incêndio do dia 15 para o dia 16.
Em julho, quando não houve nenhuma falha no sistema de observação, o número de focos de incêndio cresceu em relação a 2019, que, por sua vez, já representava um crescimento em relação a 2018.
O vice-presidente Hamilton Mourão, que é chefe do Conselho da Amazônia, falou, sem fundamento nenhum, que “mais um mês com focos de calor reduzidos!”.
Na comparação com os demais meses de 2020, a crescente vem desde abril.
Em uma live que participou em agosto, Mourão defendeu que o Brasil não é o “vilão” da preservação ambiental e que as queimadas são “agulha no palheiro”.
O governo Bolsonaro estava propagandeando que a operação do Exército Verde Brasil 2 combateria as queimadas no bioma, mas isso não está dando resultados.