O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que o número de queimadas na Amazônia durante o mês de junho foi o maior para o período desde 2007. Os dados são do Programa Queimadas, obtidos com base em imagens de satélite.
Foram registrados 2.248 focos de incêndio no bioma, um aumento de 19,6% em comparação com o mesmo mês do ano passado quando foram registrados 1.880 focos.
Os dados foram divulgados na última quarta-feira (1°).
De acordo com o Inpe, a média histórica para o mês de junho é de 2.724 focos. Apesar do número deste ano ter sido 17% menor do que essa média, a região não registrava mais de 2 mil focos desde 2007, quando foram detectados 3.519 pontos de incêndio no bioma.
Entre janeiro e junho foram 10.395 focos em todo o país, contra 8.821 no mesmo período do ano passado – um crescimento de 17,8%.
Quanto aos alertas de desmatamento, os dados do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) vão até o dia 18 de junho. Segundo o instituto, foram emitidos alertas para 610 km² até esta data. No ano passado, foram 936 km² para todo o mês. Ou seja, os dados mais recentes apontam que junho deste ano já teve 65% dos alertas de desmatamento na Amazônia registrados no mesmo mês em 2019.
Os alertas do mês também superam os meses de junho de 2018 (488,4 km²) e de 2017 (608,3 km²).
As queimadas têm relação direta com o desmatamento na Amazônia, pois o fogo é utilizado para fazer a limpeza do solo desmatado, frequentemente para a exploração na pecuária ou no plantio.
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