
Segundo o artigo publicado pelo jornal americano ‘The New York Times’, uma investigação da promotoria dos Estados Unidos revelou um acordo entre o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, e a liderança da perigosa facção criminosa salvadorenha MS-13
Promotores dos EUA apontaram, com provas substanciais, que o governo de Bukele fez um acordo com a liderança de uma das mais violentas gangues da América Latina, para que diminuam a violência em El Salvador e deem apoio político a Bukele.
A contrapartida do presidente salvadorenho inclui dinheiro e regalias dentro dos presídios, de acordo com a investigação dos jornalistas do NYT.
O artigo menciona a deportação de membros do MS-13 presos nos EUA, acusados de terrorismo, corrupção e derramamento de sangue. Em abril desse ano procuradores americanos decidiram repentinamente retirar as acusações e enviá-los de volta para El Salvador.
Essa mudança teria acontecido depois do acordo que o presidente americano Donald Trump fez com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele que aceitou receber em suas prisões, imigrantes expulsos dos EUA.
O acordo entre os dois países, segundo o NYT, seria que os EUA pagaria milhões de dólares para o governo de Bukele e também extraditaria para El Salvador esses membros do MS-13.
O NYT afirmou que essa mudança nas prisões de membros do MS-13, por causa do acordo entre os presidentes dos dois países, acabou sabotando outras investigações contra essa organização criminosa. Dois grandes processos contra membros do alto escalão do MS-13 estão ameaçados por causa da mudança de política do governo federal norte-americano, assim como de Bukele.
Agora a promotoria americana está investigando se essas verbas que o governo de Trump enviou a Bukele estão sendo desviadas para a facção criminosa MS-13.
Os promotores americanos que formaram a força-tarefa para prender os membros dessa gangue teriam ficado alarmados com o acordo entre Trump e Bukele e suspeitam que o governo de El Salvador só quer esses membros do MS-13 de volta para evitar um maior escândalo de corrupção.