“Quando o governo investe, os empresários investem, as pessoas começam a consumir e a roda gigante da economia começa a girar”, destacou o ex-presidente
O ex-presidente Lula afirmou, neste sábado (18), em Sergipe, que é necessário “reunir forças para recuperar o estrago que foi feito no país”. “O Brasil precisa de investimentos públicos em infraestrutura, em saneamento básico, em ferrovias, em rodovias, em moradias populares”, apontou o presidenciável, destacando o papel fundamental do Estado em todos esses projetos.
“Nós vamos recuperar a economia do Brasil e, para isso, vamos unir todas as forças que querem participar de um projeto para tornar o Brasil um país desenvolvido, justo e solidário. Esta é uma tarefa que não pode ser feita sozinho. Todos os democratas serão chamados a colaborar”, afirmou Lula.
“Quando o governo investe, os empresários investem, as pessoas começam a consumir e a roda gigante da economia começa a girar”, acrescentou o ex-presidente, para uma plateia de milhares de pessoas que lotaram o Centro de Convenções de Sergipe, em Aracaju, neste sábado (18).
ALCKMIN: BOZO NÃO ESTÁ DESCONFIADO DA URNA E SIM DO VOTO DO POVO
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), pré-candidato a vice-presidente, discursou antes de Lula e chamou a atenção para o medo que Bolsonaro tem das urnas. “Ele não está desconfiado da urna eletrônica, ele não confia é no voto do povo, porque ele sabe que não merece um segundo mandato”, disse o pré-candidato a vice de Lula. “Perguntei ao Rogério qual era sua proposta e ele me disse emprego, emprego, renda e desenvolvimento. ‘O desenvolvimento é o novo nome da paz’, disse o papa”, acrescentou.
Participaram também o pré-candidato ao governo do Estado, senador Rogério Correa, prefeitos, deputados, senadores, lideranças locais e presidentes nacionais dos partidos da coligação, entre elas, Luciana Santos, do PCdoB e Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT. Movimentos sociais e Centrais Sindicais também estiveram presentes.
LUCIANA SANTOS: ELES VESTEM VERDE E AMARELO MAS SÃO OS MAIORES ENTREGUISTAS DE NOSSA HISTÓRIA
A presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, vice-governadora de Pernambuco, lembrou o que disse Barbosa Lima Sobrinho, de que no Brasil tem dois partidos, o de Tiradentes e o de Silvério dos Reis, delator da Inconfidência Mineira.
“Tem um lado, no Brasil, que se chama bolsonarismo. Eles vestem o verde e amarelo, mas são os maiores entreguistas da história brasileira”, denunciou Luciana. “São os vende-Pátria. Venderam a Eletrobrás, desmontaram as refinarias e agora anunciam vender a nossa valiosa Petrobrás”, prosseguiu.
“O lado do bolsonarismo é o lado da fome. Nós voltamos à pior situação que o país pode viver que é o mapa da fome, coisa que nós já tínhamos superado. Na pior pandemia de nossa história, o presidente se comportou como aliado do vírus, debochou sobre a Covid, negou respirador, negou vacina, mas nós estamos aqui para dizer que ele está com os dias contados”, destacou a vice-governadora.
GLEISI DEFENDEU A UNIDADE: AQUI ESTÃO OS QUE VÃO DERROTAR BOLSONARO
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, reforçou a unidade e saudou os sete partidos que fazem parte da federação e da coligação em torno da candidatura de Lula e Alckmin. Ela frisou que “num local como este não cabe vaias, porque neste palanque está quem vai derrotar Bolsonaro.”
Discursaram também Reinaldo Nunes, presidente estadual do PV, Sonia Meire, do PSOL, Vovô Monteiro, do Solidariedade, Eliane Aquino, vice-governadora de Sergipe, o deputado federal Márcio Macedo, o senador da Bahia Jaques Wagner e Valadares Filho pré-candidato ao senado.
Valadares comemorou a aliança com Rogério e com Lula. “Me sinto feliz em estar de volta nesta aliança que tanto já fez por Sergipe”, disse Valadares. Rogério Correa, pré-candidato a governador, denunciou o desmonte da Petrobrás em seu estado. Falou da produção de petróleo que pode, segundo ele, chegar a 300 mil barris dia. Falou também do potencial de gás, que pode chegar a uma produção de 8 milhões de metros cúbicos. Ele denunciou ainda o fechamento da fábrica de fertilizantes de Sergipe que poderia abastecer metade do consumo brasileiro.
O discurso de LULA, como candidato ao Planalto, é recheado de hipocrisias, falácias e críticas, como se o PT ao deixar o poder, com mais de 13 anos de governo, tivesse devolvido o país em alto desenvolvimento e reduzido drasticamente a pobreza. Ao contrário, o PT quase levou o Brasil à bancarrota. Deixou mais de 13 milhões de trabalhadores desempregados, empresas quebradas, descrédito na comunidade financeira internacional, inflação alta, Petrobras saqueada. E do dinheiro da corrupção do governo petista, parte surrupiado para fora do país, a Lava Jato, através da gestão eficiente do ex-juiz Sérgio Moro, fez retornar ao Brasil bilhões de reais.
Ademais, Lula é um corrupto condenado em três instâncias por magistrados e não por juízes de futebol. Está solto pelo claudicante e político STF, que apenas anulou a competência do foro de Curitiba, mas não absolveu os crimes imputados a LULA.
É lamentável que um corrupto possa voltar a presidir o país, por votos de brasileiros irresponsáveis, que elegem qualquer mequetrefe, qualquer sacripanta.
O Brasil não merece ser novamente presidido por Lula ou Bolsonaro. Há outros candidatos idôneos que precisam ser testados: Simone Tebet, Ciro Gomes etc.
O problema, leitor, é que nenhuma dessas alternativas, até agora, mostrou viabilidade. Apesar do que, continuamos a cobrir suas pré-candidaturas, assim como a do Lula. Nosso problema – o problema do país – no momento, é livrar-se de Bolsonaro. Não é livrar-se de Lula. Você aponta problemas quanto a este último. Bem, de nossa parte, mesmo assim, não vemos – porque não há – nada pior que Bolsonaro. Até mesmo na mais comezinha questão democrática, aquela básica: a diferença entre ditadura e democracia, ainda que formal. Se nem nesta questão Bolsonaro consegue ir além do fascismo, pior ainda na questão nacional – isto é, na questão do nosso desenvolvimento. O necessário é estancar o terrível processo de destruição das instituições e da economia do Brasil.