Os crimes do cartel do bilhão contra o Brasil (10)
(HP 09/09/2015)
CARLOS LOPES
Se existe algo pelo qual o PT, inexoravelmente, terá de responder perante à sociedade, é ter manchado um dos símbolos da honestidade deste país: a Petrobrás.
Até o atual escândalo, não havia pai ou mãe de família brasileiros (isto é, fora os que renegam a sua Pátria, pois existem) que não mostrasse a Petrobrás aos filhos como exemplo da nossa capacidade, como a prova de que o Brasil pode ter um grande destino, e, dentro disso, como a prova da honradez do povo brasileiro, da honestidade da coletividade brasileira, em suma, como demonstração de honra da verdadeira Nação.
Se assim sempre foi, desde a fundação da Empresa, após décadas de luta popular, por Getúlio Vargas, como se explica a ação petista – e, claro, dos aliados com os quais os petistas se acumpliciaram para, supostamente, eternizar-se no poder – na Petrobrás?
Evidentemente, pela falta ou debilidade das raízes nacionais desses indivíduos.
Mas, ao invés de nos estendermos sobre sua ideologia, melhor será citar alguns fatos que a demonstram.
Um trecho da confissão de Pedro Barusco à Polícia Federal (PF) é especialmente revelador:
“… indagado pelo Delegado de Polícia Federal sobre quanto João Vaccari Neto recebeu em nome do Partido dos Trabalhadores – PT, por conta dos aproximadamente 90 (noventa) contratos firmados com a Petrobrás, ao longo dos anos de 2003 a 2013, afirma que, considerando o valor que o declarante recebeu a título de propina, que foi de aproximadamente US$ 50 milhões de dólares, estima que foi pago o valor aproximado de US$ 150 a 200 milhões de dólares ao Partido dos Trabalhadores – PT, com a participação de João Vaccari Neto” (Termo de Colaboração nº 3 de Pedro Barusco, 21/11/2014, pp. 6 e 7).
Barusco é altamente categorizado para esse tipo de estimativa: era ele quem recolhia a propina que, depois, Renato Duque dividia com Vaccari. Às vezes, ele próprio participava da divisão com Vaccari.
Barusco era gerente-executivo de engenharia da Petrobrás, depois diretor de operações da Sete Brasil, a convite de Renato Duque, diretor de Serviços. Nas suas contas secretas foram encontrados, até agora, US$ 97 milhões (noventa e sete milhões de dólares).
Se, nas contas de um gerente, havia US$ 97 milhões, que foram devolvidos à Petrobrás, não parece nada absurda a estimativa de que o PT, através de Vaccari, embolsou de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões. Por essa estimativa, o PT, entre 2003 e 2013, levou apenas três ou quatro vezes os US$ 50 milhões que Barusco confessa que recebeu no mesmo período – fora as aplicações que lhe multiplicaram o capital roubado do povo brasileiro, isto é, da Petrobrás.
Parece até, por incrível que pareça, quando comparada ao que levou Barusco, uma quantia modesta para quem estava bancando politicamente o assalto.
Alguns dilmistas – não necessariamente petistas – pretenderam que nada disso existe.
Outros, não mais desavergonhados – porque, pelo menos, não pretendem desconhecer os fatos – desencaixotaram a senil teoria de que o roubo é normal em política.
E, variante desta última, ainda houve aqueles que se queixaram de uma terrível injustiça: se os tucanos roubaram, por que os petistas não podem roubar?
Assim, denúncias e fatos, nessas cabeças de farinha, tornam-se discriminação odiosa. E assim se contorna o ajuste de contas com a própria moral – a bem dizer, destruindo-a por torná-la dupla. Poder-se-ia parafrasear o célebre dito médico de Miguel Couto: onde existe mais de uma moral, não existe moral alguma.
Porém, os fatos do escândalo permanecem. Como, também, outro, bem anterior: não existe nada mais à direita que roubar o país, sobretudo quando se trata da empresa de que depende o seu futuro.
Pretender que o assalto à Petrobrás é uma atividade tão “de esquerda” que merece até pirulitos de apoio em manifestações – pedindo a soltura do sr. Vaccari, supostamente “preso político” – é uma infâmia semelhante àquela que tentou associar “socialismo” com uma repugnante gororoba racista na Alemanha.
Entretanto, há, também, coisas engraçadas – melhor dizendo, ridículas.
Por exemplo: alguns elementos pretenderam invalidar o depoimento de Barusco com a afirmação de que “ele passou a vida roubando, por isso seu depoimento não é confiável”.
Realmente, ia ser difícil obter tal depoimento de um homem honesto.
Mas é claro que esse suposto argumento foi sacado por uma única razão: porque é difícil atribuir a uma alucinação os US$ 97 milhões encontrados nas contas secretas de Barusco no exterior.
[A propósito, Barusco diz que o total era US$ 98 milhões, mas que gastou US$ 1 milhão em viagens e tratamentos médicos (cf. TC nº 2, 20/11/2014, pp. 2 e 3).]
A questão que se pretende esconder é que, realmente, Barusco roubou também na época dos tucanos, mas foi exatamente por isso, por essa espécie de competência, que o esquema do PT, através de Renato Duque, o cooptou, convidando-o para a Gerência Executiva de Engenharia da Petrobrás.
O PROFISSIONAL
Por que Barusco era tão importante para o esquema do PT, isto é, para Duque, colocado na diretoria de Serviços da Petrobrás por obra do PT?
Primeiro, porque roubar na diretoria de Serviços com um gerente de Engenharia honesto é algo muito mais complicado do que ter nessa gerência outro ladrão.
Se o objetivo era roubar, por que arrumar uma aporrinhação – isto é, um sujeito honesto, e logo na gerência de Engenharia?
Segundo, porque Duque, amigo de Barusco desde 1995, conhecia o ladrão certo para ocupar o cargo – e por isso o convidou.
Terceiro, porque Duque era (e ainda é) um sujeito muito incompetente, desses que compram quadros pela Internet sem “expertise” (o parecer de um “expert” em obras de arte) ou sem verificar se a “expertise” é verdadeira. Era incompetente até em coisas bem mais simples que a autenticidade de uma obra supostamente atribuída a Guignard.
Por exemplo, descreve Barusco:
“… afirma ter trabalhado para Duque como uma espécie de contador, recebendo grande parte da propina para si e para Renato Duque no exterior, em contas mantidas em bancos suíços, como as contas Rhea Comercial, Pexo Corporation, Canyon View Assets, Daydream e Backspin, Doletech;
“… Renato Duque era desorganizado com as questões que envolviam o recebimento das propinas, de maneira que deixava o declarante controlar aquilo que era devido pelas empresas a título de propina;
“… com uma frequência quinzenal, Renato Duque pedia ao declarante dinheiro em espécie, normalmente em ‘pacotes de R$ 50.000,00’; esses pagamentos em espécie para Duque eram feitos com dinheiro que o declarante guardava em casa por conta também de propinas recebidas” (TC nº 2, cit., p. 3).
Em suma, um engenheiro que tinha dificuldades em lidar com as quatro operações e com tabelas…
No entanto, somente em uma das contas secretas de Duque, em Mônaco, foram encontrados depósitos totais em dinheiro de US$ 12.174.551,98 (doze milhões, 174 mil, 551 dólares e 98 cents).
A mesma conta, aberta no Julius Baer Bank (conta nº 5128005, de uma empresa-fantasma denominada Milzart Overseas Holdings Inc), “igualmente recebeu as rubricas dos seguintes títulos de uma das contas do Sr. DE SOUZA DUQUE aberta no Lombard Odier Darier Hentsch & Cie em Genebra: entre julho e agosto de 2014, 13 entradas de títulos para um montante global aproximado de 1.300.667, valor equivalente em euros”, observa o relatório do Governo do Principado de Mônaco, realizado a pedido da Procuradoria Geral da República.
Apesar da titularidade em nome de empresas-fantasmas, as contas eram operadas diretamente por Duque, ou, como o chama o governo de Mônaco, “De Souza Duque”. Talvez Barusco não esteja errado ao observar que Duque era muito atrapalhado, aliás, “desorganizado”…
Nem por isso era menos ladrão. Em outra conta no mesmo banco (n° 5134285, em nome de outra empresa-fantasma, a Pamore Assets Inc), Duque agasalhou o equivalente em euros a US$ 2.543.643,65 (dois milhões, 543 mil, 643 dólares e 65 cents).
E, mais, ainda nessa conta: “entre junho e agosto de 2013, 5 entradas de títulos para um montante global aproximado de 2.799.859, valor equivalente em euros; em maio de 2014, 13 entradas de títulos para um montante global aproximado de 4.121.547, valor equivalente em euros” (cf. relatório do Service d’Information et de Contrôle sur les Circuits Financiers (SICCFIN) do Principado de Mônaco, pp. 4 a 7).
Essas são apenas duas contas de Duque – que receberam depósitos de outras 26 contas, abertas em 23 bancos diferentes, localizados em 13 cidades e em sete países.
Portanto, os procuradores devem ter razão ao dizer que a Operação Lava Jato mal começou.
VERDADE
Barusco roubou, sobretudo, debaixo do esquema do PT.
Não apenas porque, dos US$ 98 milhões que ele depositou em contas secretas, somente US$ 1,4 milhão correspondiam ao período que vai de 1997 – quando recebeu, da empresa holandesa SBM, a primeira propina – até março de 2003 (cf. TC nº 7, p. 2).
Antes que alguém diga que estamos subestimando o roubo da época dos tucanos, esclarecemos que US$ 1,4 milhão é um roubo desses que nem o lendário Raffles foi capaz.
Mas isso não altera o fato de que isso é 1,43% do roubo de Barusco. O resto – isto é, 98,57% – foram no esquema do PT.
Tal não se deu porque os tucanos fossem mais honestos, mas pela quase completa estagnação da Petrobrás no governo Fernando Henrique (como disse Barusco: “em 2003 a [gerência de] Engenharia realizava por ano em torno de US$ 3 bilhões de dólares e, quando o declarante saiu da companhia em 2011, estava-se investindo US$ 3 bilhões de dólares por mês, sendo que a propina era proporcional” – cf. TC nº 2, p. 4).
Com a afirmação de que Barusco roubou também no governo Fernando Henrique (o que é verdade, mas não pode ser usado para esconder sua carreira no esquema que veio a seguir), os petistas estão jogando fora da bacia um dos méritos do governo Lula, o de ter tirado a Petrobrás da geladeira tucana, e somente, exclusivamente, para preservar a água suja, isto é, o roubo.
Logo, para esses cavalheiros (e damas), preservar o roubo é mais importante do que preservar a Petrobrás.
Se isso é ou não consciente – raramente a burrice ou o fanatismo é consciente de alguma coisa, mas a falta de vergonha frequentemente é mais consciente do que supomos – não tem a menor importância.
O fato é que assim é. O processo atual de privatização pelas beiradas da Petrobrás, aliás, não deixa dúvida sobre esse assunto.
SETE BRASIL
Antes de passar adiante, vejamos outro trecho do depoimento de Barusco, sobre a Sete Brasil, invenção de Duque – e dele – para ganhar com a intermediação de sondas petrolíferas, alugando-as à Petrobrás:
“… essa combinação envolveu o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto, o declarante e os agentes de cada um dos estaleiros, e estabeleceu que sobre o valor de cada contrato firmado entre a Sete Brasil e os estaleiros, deveria ser distribuído o percentual de 1%, posteriormente reduzido para 0,9%; … a divisão se dava da seguinte forma: 2/3 para João Vaccari; e 1/3 para a “Casa 1” e “Casa 2”; … a “Casa 1” referia- se à pagamentos de propina no âmbito da Petrobrás, especificamente para o Diretor de Serviços Renato Duque e Roberto Gonçalves, o qual substituiu o declarante na Gerência Executiva da Área de Engenharia; … a “Casa 2” referia-se ao pagamento de propinas no âmbito da Sete Brasil, especificamente para o declarante, João Carlos de Medeiros Ferraz, Presidente da empresa, e, posteriormente, também houve a inclusão de Eduardo Musa, Diretor de Participações da empresa; como eram muitas pessoas envolvidas e muitos estaleiros, para organizar o pagamento das propinas, foi estabelecido que as propinas destinadas a atender aos 2/3 de João Vaccari teriam sua origem nos contratos firmados entre a Sete Brasil e o Estaleiro Atlântico Sul, o Estaleiro Enseada do Paraguasu, o Estaleiro Rio Grande e parte do Estaleiro Kepell Fels; … para atender ao pagamento de propina referente ao 1/3 da “Casa 1” e “Casa 2” os recursos teriam sua origem nos contratos firmados entre a Sete Brasil e outra parte do Estaleiro Kepell Fels e Estaleiro Jurong; … cada estaleiro tinha um representante ou operador que operacionalizava o pagamento das propinas” (cf. TC nº 1, p. 4).
O Kepell Fels e o Jurong são filiais de empresas com sede em Singapura.
Os donos dos outros são:
1) Estaleiro Atlântico Sul: Camargo Correa e Queiroz Galvão.
2) Estaleiro Enseada do Paraguaçu: Odebrecht, OAS, UTC e Kawasaki.
3) Estaleiro Rio Grande: Engevix (Ecovix) e Funcef.
Resumindo: a política foi a de levar o cartel que atuava na Petrobrás para também monopolizar os estaleiros – à custa de um único freguês: a Petrobrás.
Resta dizer que, para completar, tornaram proprietário da Sete Brasil, também à custa da Petrobrás, o sr. André Esteves, dono de um banco de segundo andar, o BTG Pactual, que, sob o favoritismo do PT, é hoje o quarto banco privado do país em lucro líquido.
Em outra parte do depoimento de Barusco é dito:
“… um terceiro momento de recebimento de propinas pelo declarante e por Renato Duque, que vai de fevereiro de 2013 a fevereiro de 2014, diz respeito ao período em que o declarante deixou o cargo de Gerente Executivo de Engenharia da Petrobrás e foi indicado para o cargo de Diretor de Operações da empresa Sete Brasil (…); … em razão dos contratos de sondas de perfuração, conforme detalhado no Termo de Colaboração nº 1, o declarante estima ter recebido em torno de US$ 5 milhões de dólares a título de propina e Renato Duque outros US$ 6 milhões de dólares, cuja destinação já foi informada; … também soube que João Vaccari, em nome do Partido dos Trabalhadores – PT, recebeu do estaleiro Kepell Fels a quantia de US$ 4.523.000,00 (quatro milhões, quinhentos e vinte e três mil dólares) a título de propina” (TC nº 3, p. 7).
Barusco não diz (ou, provavelmente, não sabe) quanto Vaccari e o PT receberam dos estaleiros Atlântico Sul, Enseada do Paraguasu e Rio Grande – ou seja, da Odebrecht, Camargo Correa, Queiroz Galvão, OAS, UTC e Engevix.
A SEGUIR
A maior parte do texto que publicaremos nas próximas edições tem como origem a denúncia do Ministério Público contra Vaccari, Dirceu e outros.
Das denúncias até agora publicadas, é a mais clara de todas. Mas, evidentemente, um documento jurídico, escrito para o juiz, tem as suas dificuldades, que demandam tratamento jornalístico. Entretanto, gostaríamos de aludir a outras dificuldades, ou, melhor dizendo, a questões que precisam ser melhor conhecidas:
1) Como os leitores sabem, nós defendemos o ministro José Dirceu naquela triste farsa que alguns chamam de “mensalão” e não estamos arrependidos. Não havia provas contra Dirceu naquele caso – e continua não havendo. Sua condenação foi, portanto, injusta. Além do que, tratava-se de um mero caso de caixa dois de campanha em que se falsificou até mesmo um inexistente uso de dinheiro público.
2) Agora, a questão é diferente – sobretudo quanto às provas. Nas próximas edições desenvolveremos o assunto.
3) A ação contra Dirceu baseia-se na confissão do operador da Engevix, Milton Pascowitch. A Engevix não era, em termos de tamanho – medido pela receita bruta – uma das principais empresas do cartel ou do setor, exceto em um sub-setor específico, o de “projetos e consultoria”. Mas, no ranking geral, a Engevix não esteve entre as 25 maiores construtoras do país seja em 2013 ou 2014, no ranking da revista “O Empreiteiro”. Se usado apenas o critério da receita bruta, em 2013 a Engevix era a 15ª empresa do ramo – e em 2014 era a 17ª empresa da indústria da construção no ranking da “Exame”, que usa o faturamento líquido convertido em dólares como critério.
4) Portanto, é bastante interessante a sua entrada no cartel, como condição para conseguir obras na Petrobrás.
5) Em abril de 2005, a Engevix ganhou a licitação para uma obra importante da Petrobrás, o módulo 1 da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, no Espírito Santo. No entanto, apesar disso, a Engevix foi desclassificada. O motivo somente depois ficaria claro: o então operador do PT na Petrobrás, Sílvio Pereira, tinha a intenção de destinar a obra à segunda colocada, a GDK. Mas, em seguida, soube-se que a GDK havia presenteado o sr. Sílvio Pereira com um Land Rover. Em meio ao escândalo, a obra foi outra vez entregue à Engevix, anulando-se a desclassificação. É interessante como um dos donos da Engevix, Gerson Almada, conta a história diante do juiz Moro: “Então nós ganhamos Cacimbas, ganhamos de uma licitação que participou GDK, Camargo Corrêa e nós. E durante esta licitação, um ou outro me ligou perguntando: ‘você vai participar dessa licitação?’, ‘vou’, ‘mas você é louco? olha quanto a tua empresa fatura e quanto…’. Bom, eu participei e ganhei, meu preço foi inferior. Fomos desqualificados, nos retiraram disso, entrei com mandato, entrei com… Nesse período teve o primeiro caso que talvez todos nós lembramos que foi o ‘jipinho’ do Silvinho, dado pela GDK, foi bem nesta época da licitação que aconteceu. Não sei se foi por sorte ou por azar, mas hoje eu digo que é por azar. Naquela época eu atribuía isso a uma sorte, então com a pressão daquele evento em cima da GDK, voltaram atrás e me deram o contrato. E depois de um tempo o Milton [Pascowitch] veio falar: ‘ó Gerson, eu acho que precisa manter um relacionamento com o partido, você precisa manter um relacionamento com o cliente, e eu me proponho a fazer isso, eu tenho condição de fazer’. Ótimo, seja bem-vindo. E a partir daí fizemos um relacionamento que é mais antigo que o relacionamento com o senhor Alberto Youssef”.
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