“O momento é da ciência e não do estigma. Dos fatos e não do medo”, proclamou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que é necessário enfrentar a pandemia com prudência e não com pânico, e pediu que todos atuem unidos para reduzir a propagação do vírus.
Guterres expressou que, frente a esta crise sanitária, é natural sentir-se ansioso, preocupado ou confuso, mas que é o momento da prudência e não do pânico.
O Secretário da ONU apontou ainda que a doença pode ser controlada, é possível prever infecções e salvar vidas, embora se necessitará uma ação pessoal, nacional e internacional sem precedentes.
“O Covid-19 é nosso inimigo comum, nós devemos declarar guerra a este vírus. Os píses devem passar a uma velocidade superior, à intensificação e alargamento da mobilização, à aplicação de estratégias eficazes de confinamento, à ativação e melhoria dos sistemas de intervenção de urgência”, acrescentou o secretário.
O saldo global da pandemia é de 6.513 mortes, 169.425 contágios com mais de 75 mil recuperados*.
A China, chegou a contabilizar mais de 80 mil casos e 3 mil 200 mortos, registra cifras cada vez mais baixas diárias de contágio e falecimentos. Este domingo, houve 20 infectados, em sua maioria procedentes do estrangeiro.
O governo de Hubei reduziu seu nível de alerta sanitária para todos os condados da província à exceção de Wuhan, que é a única cidade que continua considerada em risco alto. Vários municípios da região estão retomando gradualmente o transporte público e reabrindo negócios.
Embora o surto viral pode ser letal, especialmente para pessoas de idade e com patologias prévias, a maioria dos afetados sofrem sintomas leves ou moderados, como febre e tosse. Alguns não têm nenhum sintoma e a imensa maioria se recuperam.
Coreia do Sul informou que os novos casos de contágio continuam diminuindo no país, mas o total atinge os 8 mil 162 afetados, com 75 vítimas mortais.
A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e o líder da Agência de Refugiados, Filippo Grandi, advertiram que a crise gerada pelo coronavírus exporá a medida pela qual os benefícios de décadas de progresso social e econômico têm chegado aos mais vulneráveis.
O Irã confirmou que os falecidos pelo Covid-19 aumentaram para 611 no país, e que os casos de contágio confirmados são 12 mil 729.
Em Israel, fecharam-se a partir de domingo todos os restaurantes, hotéis, centros comerciais, cafeterias e ginásios e se proibiram as reuniões de mais de 10 pessoas.
A Índia declarou estado de catástrofe para facilitar a liberação dos fundos que os afetados pelo coronavírus necessitam.
Funcionários das Filipinas anunciaram um toque de recolher noturno em Manila e o início da quarentena.
Nova Zelândia, Camboja, Marrocos e Arábia Saudita impuseram restrições de viagem e quarentenas a recém-chegados para frear a propagação.
As autoridades sanitárias da Namíbia, Ruanda e Mauritânia confirmaram a aparição dos primeiros casos de coronavírus.
Cientistas em todo o mundo buscam avançar em medicamentos e vacina e exigem dos governos recursos e condições para possibilitar a evolução dos trabalhos. O jornal inglês The Independent informa que cientistas ingleses conseguiram os primeiros resultados em laboratório e animais.
A matéria acima traz os principais trechos de artigo publicado no jornal mexicano, La Jornada, no dia 16. Acesso em https://www.jornada.com.mx/ultimas/mundo/2020/03/15/es-momento-de-la-ciencia-y-no-del-estigma-dice-la-onu-6766.html
Com informações de Europa Press, Afp, Ap e Xinhua
*Dados extraídos da Universidade John Hopkins para o dia 16 de março