Milhares de pessoas foram ao Grajaú e a Itaquera ver e apoiar Lula. Ele advertiu para o desespero de seu adversário. “No Paraná, estão mandando informações mentirosas para as pessoas. Como fizeram com o Haddad em 2018. Eu não vou fazer o jogo rasteiro deles”, apontou
O ex-presidente Lula afirmou, na tarde deste sábado (24), em um comício no Grajaú, na Zona Sul da capital paulista, que o voto do povo brasileiro no dia 2 de outubro “é para recuperar a soberania nacional e fazer uma revolução democrática”.
Lula reforçou a importância de a população exercer o poder do voto, conquistado depois de uma longa batalha contra a ditadura militar. Ele prometeu uma revolução democrática caso vença as eleições. Vou transformar o Ministério da Educação (MEC) no maior comprador de livros do mundo”.
“A gente vai fazer uma revolução sem precisar comprar uma arma. A nossa revolução é comprando livros, melhorando a escola, facilitando com que as crianças tenham comida de qualidade na merenda escolar. Essa revolução vai ser a do respeito, porque eu digo todo dia: eu quero voltar a ser presidente para cuidar do povo brasileiro”, disse.
Lula afirmou também que quer voltar a ser presidente para que as pessoas recuperem o prazer pela vida e de conviver em harmonia entre seus familiares, sem replicar discursos de ódio. “Todo mundo vai ter um bom emprego, um salário que rende. A gente vai cuidar das pessoas porque esse é o meu compromisso. Eu quero provar que em quatro anos nós vamos fazer muito mais. Recuperar o Brasil para o povo brasileiro”, completou.
Assista ao comício do Grajaú
Participaram junto com Lula do comício o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), o ex-prefeito Fernando Haddad, e o ex-governador Márcio França, que disputa uma vaga no Senado. Lideranças como Guilherme Boulos e Marina Silva também marcaram presença no evento.
Mais tarde em Itaquera, na zona leste de São Paulo, outra multidão compareceu para ouvir os candidatos da Federação Brasil da Esperança e da coligação que reúne dez partidos políticos em torno de Lula. Ele disse esperar celebrar a vitória no primeiro turno, daqui a oito dias. “Faltam só oito dias, a semana que vem. O último ato meu vai ser esperar abrir as urnas e a gente comemorar a nossa vitória no dia 1º [dia 2]”, afirmou.
No evento, o ex-presidente fez diversas críticas ao estrago que Bolsonaro fez no país e mandou diversos recados ao adversário, que patina nas pesquisas e, por isso participou de um debate esvaziado no SBT. Ele denunciou a manipulação que Bolsonaro, que é um vende-pátria, faz com os símbolos nacionais. “Bolsonaro diz que o partido dele é o Brasil. Mas a bandeira verde e amarela pertence à história do nosso país e do nosso povo”, afirmou.
Lula rebateu os ataques de Bolsonaro e anunciou que vai acabar com os sigilos de 100 anos que o mandatário decretou para esconder a sua corrupção. “Todo dia ele fala: ‘Eu não sou ladrão’. Ele vai ver se é ladrão ou não quando eu tomar posse e acabar com esse sigilo. Qualquer coisinha, ele faz um decreto de sigilo de 100 anos. Vou acabar no primeiro dia com isso, para [a gente] ver o que está escondido”, disse.
“No Paraná, estão mandando informações mentirosas por mensagem para as pessoas. Como fizeram com o Haddad em 2018. Eu não vou fazer o jogo rasteiro deles”, apontou ainda o ex-presidente, sobre o disparo de mensagens golpistas a partir do governo paranaense. “Faltam só oito dias, não vamos aceitar provocações, não vamos acreditar em mentira”, completou Lula.