A Ordem dos Advogados do Brasil cobrou do Senado uma resposta para as acusações que pesam contra Aécio Neves (PSDB/MG), denunciado pela Procuradoria Geral da República pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa. Segundo a PGR, o tucano pediu e recebeu R$ 2 milhões da JBS como propina.
O presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia, disse em nota que o fato do Senado ter “decidido sobre a validade das restrições que o Supremo Tribunal Federal impôs a Aécio Neves não impede a realização da outra discussão importantíssima sobre o caso, que é aquela sobre os fatos em que o senador se envolveu”.
“A sociedade espera uma resposta do Senado a respeito das acusações imputadas ao senador Aécio”, diz o texto. Na terça-feira (17), por 44 votos a 26, o plenário da Casa livrou o senador de medidas cautelares impostas pelo Supremo, que afastaram o tucano de suas funções parlamentares e o proibiram de sair de casa à noite.
“Neste momento de crise, a classe política precisa agir com transparência e abrir mão do corporativismo”, recomendou a OAB, lembrando que, do contrário, “a superação deste momento difícil fica ainda mais distante e o abismo entre o povo e seus representantes só aumenta”.