OAB cobra explicação sobre caixa-preta

Montezano abriu os cofres do BNDES para empresa estrangeira e não encontrou "caixa-preta". Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) quer que a direção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) forneça cópias dos documentos envolvendo a contratação da empresa norte-americana de auditoria Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP para abrir uma suposta “caixa-preta” do banco público.

No ofício, o corregedor nacional da OAB, Ary Raghiant Neto, solicitou o envio de documentos “para melhor análise do caso concreto” e verificar o “cumprimento” de normas sobre a atividade profissional de escritórios estrangeiros de advocacia no Brasil, segundo informações do Estadão.

No dia 21 de janeiro, a OAB havia encaminhado outro ofício ao BNDES, no qual questionava sobre a legalidade da contratação do escritório estrangeiro de realizar serviços de auditoria no BNDES. No entanto, a resposta da diretoria do BNDES não foi considerada satisfatória pela OAB, o que levou a instituição a pedir novas informações.

Na busca da suposta “caixa-preta” foram torrados um total de R$ 48 milhões do banco de fomento. Já no final do processo, o arruaceiro Gustavo Montezano, amigo dos filhos Bolsonaro, colocado na presidência do banco, fez um aditivo de R$ 15 milhões ao contrato para abrir a “caixa-preta” que não existia.

O relatório que foi divulgado pela direção do BNDES no início de janeiro diz que a auditoria concluiu que não houve irregularidades nas operações que foram investigadas.

O único escândalo que veio a público foi exatamente o gasto de R$ 48 milhões com os escritórios Cleary Gottlieb Hamilton & Steen LLP e Levy & Salomão Advogados.

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