López Obrador recebeu, dia 23, um documento com propostas sobre ciência, tecnologia e inovação e se comprometeu de que o orçamento para o setor não sofrerá cortes e que terá o máximo de aumento possível, durante o governo que está prestes a assumir.
Ao se reunir com cientistas, autoridades universitárias e empresários, numa delegação encabeçada pelo reitor da Universidade Autônoma do México – UNAM, Enrique Graue Wiechers, Obrador declarou que “neste período de transição estamos terminando não apenas os seis anos do presidente que sai, Peña Nieto, mas vendo o final de um modelo que fracassou: o neoliberalismo”.
O presidente eleito do México disse que “é muito pertinente escutar neste momento aos cientistas, devido a que está acabando um modelo que se aplicou por mais de 30 anos e, como está evidente, não funcionou; uma política econômica fracassada. O neoliberalismo sai deixando cifras pouco alentadoras não apenas no terreno econômico, mas no social, na previdência, e na ciência”.
“Como parte da estratégia para conseguir o crescimento da economia – abandonado pelo modelo neoliberal – se requer a ciência pura e aplicada, assim como a inovação. E vamos apoiá-las o tanto que possamos”, assegurou.
Os cientistas expuseram que hoje se destina à ciência, tecnologia e inovação o equivalente a 0,5% do PIB ainda que a lei mande que se deveria destinar 1% a estas atividades.
Obrador também se comprometeu a elevar o número de bolsas oferecidas pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (Conacyt) e elevar o padrão dos cientistas do Sistema Nacional de Pesquisadores.
Destacou que Maria Elena Álvarez-Buylla,irá dirigir o Conacyt no próximo governo e da qual destacou as qualidades enquanto pesquisadora premiada com o Prêmio Nacional de Ciências e Artes de 2017, “o que demonstra o quanto o tema nos importa. Maria Elena não é qualquer profissional, é uma pesquisadora honesta, reconhecida por seu trabalho e esforço na investigação”.