Aos amigos e camaradas
É com imenso pesar que comunico o falecimento de Alberto Pereira, meu pai, nesta terça-feira, depois de travar uma luta ferrenha contra uma infecção da covid, seguida de infecção hospitalar.
Meu pai completou no dia 30 de outubro um centenário de existência. Era um ser humano com enorme senso de justiça, corajoso, intolerante com a covardia e com a desonestidade.
Enfrentou com dignidade o que considerava uma humilhação, a polícia política de plantão na casa dele durante meses. Devo a ele a minha liberdade e talvez a minha vida por ter me escondido na sua cidade natal de Macaé quando eu estava sob cerco da polícia política.
Era autodidata, tendo frequentado a escola até o terceiro ano primário, atingiu o pico da carreira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Casado com dona Zinha, com quem teve 3 filhos: eu, Ana Maria e Roberto Pereira. 11 netos, 12 bisnetos e um tataraneto. Sua postura perante a vida será sempre exemplo para nós.
Obrigado, pai.
CARLOS PEREIRA