
A empresa de telecomunicações Oi vai demitir cerca de 2 mil funcionários com um plano de demissão voluntária (PDV), anunciado na sexta-feira (9).
Com isso, a empresa pretende enxugar em até 15% o quadro de pessoal.
Segundo o comunicado da empresa, o PDV é parte da implementação do plano estratégico da massificação da fibra ótica no Brasil, “visando à transformação da companhia na maior provedora da infraestrutura de telecomunicações do país”. A Oi também afirma que os cortes visam “a necessidade de readequação de estruturas organizacionais” da empresa.
A Oi entrou com pedido de recuperação judicial em 2016, ao acumular dívidas de R$ 65 bilhões. Agora, a empresa pretende vender alguns de seus ativos, a saída do setor de telefonia móvel e venda de unidades. Os recursos arrecadados, segundo a companhia, serão usados para pagamentos aos credores e novos investimentos.
O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado de São Paulo (Sintetel) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas (Fenattel) classificam a medida como “perversa em um momento de agravamento do desemprego”.
Segundo as entidades, a visão da empresa “segue a lógica do mercado” e que, “mesmo com resultados importantes, já que mesmo com pandemia o número de acessos na fibra ótica aumentou, a conta recai sempre e novamente sobre os empregados”.
As entidades afirmam ainda que “a empresa está tomando essa medida para reduzir o passivo tendo em vista preparar a empresa para o processo de venda que está em andamento”.