“Nossa legislação sobre a participação em uma oferta é clara: ninguém pode ser proibido”, disse o vice-presidente
O vice-presidente general Hamilton Mourão começou a ser atacado por bolsonaristas e pelo astrólogo Olavo de Carvalho por defender a participação da empresa chinesa Huawei no leilão das redes 5G no Brasil.
Para Mourão, “nossa legislação sobre a participação em uma oferta é clara: ninguém pode ser proibido”. “A Huawei tem capacidade acima de seus concorrentes e ainda não vemos empresas norte-americanas capazes de derrotar a concorrência internacional”, continuou.
Segundo ele, “mais de um terço” das redes 4G do Brasil utilizam equipamentos da Huawei.
O autointitulado filósofo e guru de Bolsonaro, Olavo de Carvalho, disse que o general “é um inocente palpiteiro burro”.
Segundo Olavo, que mora nos Estados Unidos há 15 anos, somente um “inocente palpiteiro burro” ou um “traidor da pátria” poderia defender parcerias comerciais com a China.
“Prezado general Mourão: Depois que o Xixi Ping [em referência chula ao presidente da China, Xi Jinping] declarou [em] alto e bom som “Vamos dominar o mundo”, um brasileiro só pode ter um entre dois motivos para imaginar que a China é um inocente parceiro comercial: ou esse cidadão é um agente chinês, um colaborador consciente da mais ambiciosa e voraz ditadura genocida que já existiu no mundo, e é portanto um traidor da pátria, ou ele é apenas um inocente palpiteiro burro. Como me repugna atribuir intenções malígnas e antipatrióticas à sua pessoa, é uma questão de caridade acreditar que o senhor está na segunda hipótese”, publicou o astrólogo em suas redes sociais em agressivo e desrespeitoso ataque ao vice-presidente.
“Entre democracia ocidental e a sangrenta ditadura chinesa, de que lado está o general Mourão?”, questionou.
O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, do canal “Terça Livre”, também criticou Mourão. “Quem precisa de um INIMIGO quando se tem um vice como esse?”.
A publicação de Allan foi em uma conta alternativa criada depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) o proibiu de usar as redes sociais por conta de sua participação e promoção das manifestações antidemocráticas.
Sara Giromini, que usa o apelido “Winter” por conta de uma espiã britânica nazista próxima à Hitler, chamou o vice-presidente de “general Mulão”.