Governo federal disse que manchas não voltariam
Manchas de petróleo voltaram a aparecer em seis praias, de três municípios, no Rio Grande do Norte. Duas praias foram identificadas como pontos críticos.
Nas praias de Tabatinga, Búzios e Camurupim, as três no município de Nísia Floresta, Praia do Giz e Praia do Amor, em Timbau do Sul, e Pirangi do Norte, em Parnamirim, manchas de petróleo voltaram a aparecer.
As manchas estão desta vez espalhadas em pequenos pedaços, dificultando a limpeza.
O Grupo de Avaliação e Acompanhamento (GAA), composto pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), pela Marinha e pela Agência Nacional de Petróleo, informou, na manhã do domingo (27), que as manchas não voltariam a aparecer.
De acordo com o Ibama, “foram identificados como pontos críticos as praias de Búzios e Tabatinga”.
No mesmo domingo, duas tartarugas foram encontradas mortas e com manchas de óleo na praia de Tabatinga.
As manchas de petróleo cru começaram a aparecer no fim de agosto. Desde então, 248 locais, em 90 municípios dos nove estados do nordeste, foram atingidos.
Quatorze (14) unidades de conservação federais foram atingidas pelo óleo. Entre as regiões afetadas estão parques nacionais, áreas de proteção ambiental, reservas extrativistas, reservas biológicas e áreas de interesse ecológico.
O senador Fabiano Contarato, presidente da Comissão do Meio Ambiente, criticou a gestão de Ricardo Salles à frente do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Para o senador, o ministério “precisa de uma direção séria e comprometida com os reais interesses do país e não de alguém que ofende a sociedade civil e as ONGs que lutam em causas nobres: a vida e os nossos patrimônios naturais”.
Para a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o Brasil “tem hoje um sabotador ambiental como ministro do Meio Ambiente, sustentado pelo presidente Bolsonaro”.
“O governo virou as costas para a Amazônia durante as queimadas e agora para o Nordeste com as manchas de óleo no litoral. O governo acusa os defensores do meio ambiente e deixa impunes os criminosos ambientais. É importante fazermos um desagravo às ONGs brasileiras”, disse a ex-ministra nas redes sociais.
A senadora do Rio Grande do Norte, Zenaide Maia (PROS), também protestou pela rede social contra o descaso do governo federal com o crime ambiental cometido no Nordeste.
“O governo não deu importância e demorou um mês para agir. O óleo se espalhou e, agora, controlar os prejuízos ficou mais difícil”, afirmou a senadora.
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