“Esperamos que a onda de racismo quase flagrante contra tudo que é da Rússia seja substituída por medidas destinadas a buscar maneiras de garantir a segurança”, disse a chancelaria russa
O chefe do Primeiro Departamento Europeu do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Aleksei Paramonov, denunciou o caráter racista que o frenesi antirrusso na Europa vem assumindo.
“Esperamos que Roma e outras capitais europeias, finalmente, acordem e se lembrem dos profundos interesses de seu povo”, disse Paramonov ao portal Sputnik.
“E que a onda de racismo quase flagrante contra tudo que é da Rússia seja substituída por medidas bem pensadas e destinadas a buscar maneiras de garantir a segurança e a prosperidade de todo o continente europeu, não apenas de uma de suas partes”, enfatizou, sobre a pretensão da Otan de que só seus membros podem ter garantias de segurança e sobre a virtual abolição do consagrado princípio da “segurança coletiva indivisível”.
Foi na Itália que uma universidade chegou a desmarcar um curso sobre o genial escritor russo Fiódor Dostoiévski, que viveu no século XIX.
O diplomata ressaltou ainda que, “no contexto da histeria antirrussa, as autoridades italianas esqueceram da noite para o dia os tratados e acordos bilaterais existentes”.
“É decepcionante que a natureza especial das nossas relações e a experiência de cooperação bem-sucedida entre os dois países tenham dado lugar ao violento movimento russofóbico”, declarou.
Cabe lembrar que foi a Rússia que socorreu a Itália quando o país se viu assolado pela pandemia de Covid-19 e nem dava conta de enterrar as vítimas nas cidades do norte do país. Socorro ao qual a população italiana não poupou agradecimentos, agora varridos convenientemente para debaixo do tapete. E apesar dos enormes vínculos, com origem nos tempos da União Soviética e da luta antifascista na Itália, entre Moscou e Roma, em plena Guerra Fria.