ONU cita ‘uso desproporcional’ da força e pede investigação independente do banho de sangue no Jacarezinho

O Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, com sede em Genebra, na Suíça, pediu nesta sexta-feira (7) ao Ministério Público que realize uma investigação independente, completa e imparcial de acordo com as normas internacionais da operação na comunidade do Jacarezinho, na zona norte da capital fluminense, que terminou com 28 mortos.

O número de mortos inicialmente divulgado era de 25 pessoas, sendo um deles um policial civil. Segundo o governo estadual, outras três vítimas não resistiram aos disparos e morreram em hospitais cariocas.

A operação ocorrida na quinta-feira (6) foi a mais letal na história do estado.

“Isto implica que as autoridades devem garantir a segurança e a proteção das testemunhas e protegê-las contra intimidações e retaliações”, defendeu Rupert Colvill, porta-voz do Escritório da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.

Ele acrescentou que há uma tendência antiga de uso desnecessário e desproporcional da força pela polícia nas favelas.

“Lembramos às autoridades brasileiras que o uso da força deve ser aplicado somente quando estritamente necessário, e que elas devem sempre respeitar os princípios de legalidade, precaução, necessidade e proporcionalidade. A força letal deve ser usada como último recurso e somente nos casos em que haja uma ameaça iminente à vida ou de ferimentos graves”.

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Uma resposta

  1. a onu deveria cuidar e limpar seu próprio quintal. ela se cala diante das guerras ,onde as chacinas acontecem diáriamente e finge não enxergar.

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