O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, condenou a chacina perpetrada através de uma série de ataques aéreos pela Arábia Saudita – de sexta a quarta-feira – que tirou a vida de 90 imenitas e exigiu “uma rápida, efetiva e transparente investigação”.
O mais brutal dos crimes contra civis foi o ataque a uma festa de casamento na província de Hajjah. A casa onde se reuniam os familiares de amigos do casal foi explodida por mísseis lançados por caças sauditas.
Além disso, os caças da agressão americano-saudita lançaram mais 49 mísseis em cinco províncias no dia 24. Os ataques criminosos mataram mais 12 civis e feriram outros 30. Dessa vez a mais atingida foi a provincia de Hajjah, onde nove pessoas morreram e 28 ficaram feridas.
As outras três mortes aconteceram na provincial de Sadaa.
Outro ataque aconteceu na aldeia de Taiba, na sexta. Foram mortos todos os membros de uma família inteira, com a destruição da casa.
No sábado um ônibus de passageiros na cidade de Taiz foi o alvo dos criminosos e, na segunda, o ataque com dezenas de mortos dirigiu-se contra a cidade de Hodeidah.
Os ataques sauditas, sob instrução norte-americana e com armamento americano e inglês, voltam-se contra a Revolução Iemenita que venceu o governo que servia aos interesses norte-americanos no país, onde se encontram algumas das instalações portuárias mais estratégicas, como o localizado no Golfo de Aden, por onde transita grande parte dos cargueiros de petróleo do mundo.
O bombardeio com a destruição da infra-estrutura de abastecimento e esgoto do país é a causa principal de uma epidemia de cólera com mais de 400 mil infectados.
O enviado especial da Secretaria-Geral da ONU no Iêmen, Martin Grifith, expressou as condolências por parte do secretário-geral Antonio Guterres.
Segundo o secretário-geral, em conversa telefônica com o vice-ministro do Exterior do Iêmen, Hussein al-Ezzi, lamentou o assassinato e o condenou como uma violação das leis internacionais.
O vice-ministro iemenita respondeu afirmando que “a ONU deveria corresponder a seu papel e contribuir para inibir a agressão que violou a lei internacional e os valores da paz ao atirarem contra o mártir, presidente al-Samad.
Al Ezzi destacou que “a agressão saudita-americana tem violado a Carta da ONU, a exmplo dos ataques a cerimônias de casamento e a instalações civis”.
Ele declarou ao porta-voz da ONU que “é direito do povo iemenita defender sua dignidade e fazê-lo por todos os legítimos meios de defesa”.
Na destruição provocada pelos ataques sauditas já morreram 10 mil iemenitas e 40 mil ficaram feridos segundo informe da ONU.