A Assembleia Geral da ONU condenou o Estado de Israel, na quarta-feira, pelo “uso excessivo de força contra civis palestinos” e solicitou ao secretário-geral, Antonio Guterres, a formação de “um mecanismo internacional de proteção aos palestinos”.
A resolução – apresentada pela Argélia e Turquia – como apoio da representação palestina na ONU, uma resolução similar à que foi vetada pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança em meio a um massacre planificado que já tirou a vida de 128 pessoas e feriu 13.000 – foi aprovada com 120 votos a favor e oito contra, mais 45 abstenções.
O criminoso massacre foi perpetrado por Israel como reação à Grande Marcha do Retorno convocada por diversas organizações palestinas. A marcha que teve início no dia 30 março e atingiu o auge no dia da implantação de Israel, 14 de maio, consistia em milhares de palestinos que sobrevivem na Faixa de Gaza em meio a um boqueio que deixa grande parte da população sem água limpa e com condições extremamente precárias de sobrevivência.
Com o cinismo típico dos colonialistas, a representante norte-americana, Nick Haley, voltou a repetir o surrado bordão de que os crimes seriam perdoados pois “Israel tem o direito de se defender”.
O chefe de assaltantes de terras palestinas, Danny Danon, que o Brasil rejeitou como embaixador indicado por Israel e que foi premiado com a representação do regime na ONU, disse aos países que rechaçaram o morticínio, votando a favor da resolução, que “ao suportarem esta resolução vocês estão coonestando com uma organização terrorista, estão fortalecendo o Hamas”, como se coubesse ao ocupante determinar ao ocupado, ao oprimido a forma de resistir à opressão.
Os Estados Unidos, que fez do gueto israelense sua base militar atômica no Oriente Médio, só conseguiu arrebanhar para votar contra a justa resolução, que condena o crime, além da submissa Austrália e do diminuto Togo, algumas ilhotas que lhe são dependentes: Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Ilhas Solomão.
O Brasil votou com a maioria contra o “uso excessivo da força” por Israel.