ONU convoca Assembleia Geral extraordinária para debater genocídio de Israel contra palestinos

Foto: Don Emmert - AFP
Brasil e mais 50 países impõem derrota aos EUA

A Organização das Nações Unidas (ONU) vai realizar, na segunda-feira (23), uma Assembleia Geral extraordinária e poderá aprovar uma resolução sobre a guerra de Israel contra os palestinos, em derrota para os Estados Unidos.

No Conselho de Segurança da ONU, os EUA vetaram unilateralmente a resolução apresentada pelo Brasil, que tinha o apoio de 12 dos 15 países membros.

Na Assembleia Geral, porém, uma resolução apoiada pela maioria dos 192 países não pode ser vetada.

Sua convocação é fruto do trabalho diplomático de diversos países, entre eles Brasil e Rússia, para contornar o veto dos EUA à resolução. Mais de 50 países se juntaram para pedir que a guerra seja discutida na Assembleia Geral.

O Grupo Árabe e o Grupo da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) destacaram que a “agressão militar por parte de Israel, a potência ocupante, contra a população civil palestina na Faixa de Gaza (…) matou milhares de civis, incluindo crianças, mulheres e idosos, feriu dezenas de milhares, causou a destruição desenfreada de casas e outras propriedades e infraestrutura civis, e infligiu condições humanitárias catastróficas, arriscando uma desestabilização ainda mais perigosa da situação, colocando em risco mais vidas civis e ameaçando a paz e a segurança internacionais”.

Participaram da pressão pela convocação da Assembleia Geral países como Arábia Saudita, Argélia, Camarões, Indonésia, Marrocos, Moçambique, Nigéria, Paquistão e Turquia.

Essa articulação ainda demonstra o desgaste que os Estados Unidos geraram para defender os ataques de Israel. A embaixadora dos EUA no Conselho de Direitos Humanos da ONU, Michele Taylor, discursou no órgão e viu representantes de diversos países virarem as costas.

A resolução apresentada pelo Brasil era ampla e abarcava reivindicações de países aliados de Israel, mas isso não foi suficiente para os EUA.

Desde o dia 7 de outubro, 4.385 palestinos foram assassinados por Israel, sendo 1.756 crianças. Outras 13,5 mil pessoas ficaram feridas.

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