O futuro ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou na segunda-feira (3), em entrevista coletiva, que a equipe de governo defende a implantação de um regime de capitalização para a Previdência Social no Brasil, tal qual foi implantado no Chile por Augusto Pinochet, na década de 1980.
Pelo modelo chileno, cada trabalhador contribui para um fundo próprio de poupança, que é administrado por empresas financeiras privadas.
“Isso é algo que a equipe sempre defendeu, um regime de capitalização (…) que permita que a sociedade brasileira possa se equiparar, talvez em 7 ou 8 anos, ao Chile, por exemplo. O Chile, com seu regime de capitalização, sustenta o crescimento chileno. Os especialistas dizem, nós temos hoje em torno de 15,5%, perto de 16% do PIB [Produto Interno Bruto] de poupança interna. Se nós chegarmos a 19% ou 20%, o Brasil tem crescimento sustentável, com recursos próprios, de 3% ao ano, em média. Imagina, se o Brasil cresce uma década 3% ao ano, é emprego sobrando. Então a gente quer trabalhar com esses conceitos. A gente não quer remendo [para a Previdência], quer solução de longo prazo”, disse Onyx.
Ao ser questionado se o governo já trabalha com a hipótese de a reforma da Previdência não ser aprovada no primeiro ano de mandato, Onyx disse que “a gente quer aprovar no primeiro ano, mas a gente tem que reconhecer que a nossa dificuldade será passar por um Congresso que vem bastante renovado, nós vamos precisar dialogar com esses parlamentares, eles vão precisar conhecer essa proposta em profundidade, e a gente precisa fazer direito”.
Com a privatização, saudada entusiasticamente pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a Previdência Social chilena virou um verdadeiro caos, com arrocho das aposentadorias e pensões, registrando um novo fenômeno: o aumento de suicídios.
Segundo o Estudo Estatísticas Vitais, do Ministério de Saúde e do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), entre 2010 e 2015, nada menos que 936 pessoas com mais de 70 anos tiraram sua própria vida. Os maiores de 80 anos apresentam a maior quantidade de suicídio – 17,7 por cada 100 mil habitantes –, seguido pelos segmentos de 70 a 79 anos, com 15,4, contra uma média nacional de 10,2.
Com a privatização, foram criadas as chamadas Administradoras de Fundos de Pensão (AFP), encarregadas de administrar os fundos e poupanças, bancados integralmente, sem haver nenhuma contribuição dos empregadores, nem do Estado.
Das seis AFPs que atuam no Chile, cinco são controladas por empresas financeiras multinacionais: Principal Financial Group (EUA); Prudential Financial (EUA); MetLife (EUA); BTG Pactual (Brasil) e Grupo Sura (Colômbia), que administram fundos de 10 milhões de filiados. A pensão média recebida por 90% dos aposentados chilenos é de pouco mais de 60% do salário mínimo.
Leia mais:
Sem previdência pública, Chile tem suicídio recorde entre idosos com mais de 80 anos
Contribuímos para previdência em dois momentos, quando trabalhamos (31% do salário) e quando compramos um produto ou serviço. A previdência está destruindo o trabalho, empresa e o governo, não serve para mais ninguém. O contribuinte deve ter opções, tipo cooperativa internacional, bancos internacionais, governos internacionais , investimentos em outros países.
O pior é que tem pobre retardado que defende essa merda ainda. Tem que ser muito burro mesmo.