O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, que desde o início da pandemia tem participado de manifestações e eventos públicos sem usar a máscara de proteção contra o novo coronavírus, informou que está com Covid-19.
O uso da máscara é recomendado por autoridades sanitárias, como a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em suas redes sociais, ele disse nesta segunda-feira (20) que teve sintomas na quinta-feira (16) e fez exames no dia seguinte. “Quinta à noite comecei a sentir sintomas que poderiam ser da Covid. Sexta passei por exames, entre eles o PCR e o resultado saiu hoje [segunda] e o covid foi detectado”, escreveu o ministro.
Onyx é o terceiro ministro a ser diagnosticado com a Covid-19. Ainda em março, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o titular do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, tiveram diagnósticos positivos e se recuperaram da doença.
O novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, também anunciou que está infectado com coronavírus.
Em abril, durante uma conversa com o ex-ministro da Cidadania, Osmar Terra, Onyx Lorenzoni fez projeções sobre o número de mortos por coronavírus no Brasil e avaliou que apenas 4 mil pessoas seriam mortas pelo vírus no país. “Vai morrer menos gente de coronavírus do que da gripe sazonal”, afirmou Terra no diálogo.
O país contabiliza 80.120 mortes na segunda-feira (20), segundo o Ministério da Saúde.
Onyx e Terra conversavam sobre a saída do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), do cargo. O diálogo foi revelado por um telefonema feito por um jornalista da CNN Brasil.
Outros integrantes do governo também contraíram a doença. O presidente Jair Bolsonaro, que há duas semanas anunciou que contraiu a Covid-19, vem trabalhando na residência oficial do Palácio da Alvorada enquanto se recupera.
E sempre desdenhando da doença. Segundo ele, a Covid-19 é uma “gripezinha” e um “resfriadinho”. Uma “invenção” da imprensa.
No dia 22 de março, Bolsonaro comparou o novo coronavírus ao H1N1, que vitimou 796 pessoas em 2019, e fez uma previsão de mortes. “A previsão é não chegar a essa quantidade de óbitos [796] no tocante ao coronavírus”, disse numa transmissão ao vivo.