A 49ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (9), fez operação de busca e apreensão na residência do ex-deputado e ex-ministro Delfim Netto. A Operação apura esquema de propina montado pelo consórcio que venceu a construção da Usina de Belo Monte, no Pará. Delfim teria recebido R$ 15 milhões de um total de R$ 150 milhões em propinas que foram repassadas para o PMDB e o PT. A Polícia Federal cumpriu nove mandados de busca e apreensão, em Curitiba (PR), São Paulo, Guarujá (SP) e Jundiaí (SP).
O dinheiro da propina a Delfim Netto foi depositado por meio de contratos fictícios de empresas de um sobrinho, Luiz Apollonio Neto. Na época, o advogado Maurício Leite declarou que Delfim Neto sempre prestou consultoria e recolheu todos os impostos de acordo com a lei. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há fortes indícios de que o consórcio Norte Energia foi indevidamente favorecido por agentes do governo federal para vencer o leilão destinado à concessão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
O consórcio Norte Energia foi constituído por oito empresas privadas e contou também com a ajudinha da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), que ficou com 49,98%. As demais empresas eram a Construtora Queiroz Galvão S/A, com 10,02%; Galvão Engenharia S/A, com 3,75%; Mendes Junior Trading Engenharia S/A, com 3,75%; Serveng-Civilsan S/A, com 3,75%; J Malucelli Construtora de Obras S/A, com 9,98%; Contern Construções e Comércio Ltda, com 3,75%; Cetenco Engenharia S/A, com 5%; e Gaia Energia e Participações, com 10,02%.
Posteriormente, ainda de acordo com o MPF, mediante acordos de corrupção, a Norte Energia, que teria sido beneficiada por interferência de Dilma e Erenice Guerra, direcionou o contrato de construção da usina a outro consórcio – formado pelas empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS e J. Malucelli. Quem acertou tanto a propina como os demais detalhes da passagem para este novo consórcio foram Antônio Palocci e Delfim Neto. O então Ministro Edson Lobão também teve ingerências nas negociações. Ficou acertado que PMDB e PT receberiam 1% do total do contrato. No final ficou 0,45% para cada partido e 0,1% para Delfim Netto.
O nome de Delfim Neto apareceu no depoimento de Flário Barra, ex-executivo da Andrade Gutierrez, que assinou acordo de colaboração premiada. O depoente afirmou ter pago R$ 15 milhões ao político. Como foram gastos R$ 15 bilhões nas obras civis da usina, PT e PMDB ficaram com os outros R$ 135 milhões, que foram divididos igualmente. Nesta sexta, o Ministério Público Federal (MPF) relatou ter rastreado valores superiores a R$ 4 milhões nas contas de Delfim Netto.
Essas empresas, que formavam o Consórcio Construtor de Belo Monte, deveriam efetuar pagamentos de propina em favor de partidos políticos e seus representantes, no percentual de 1% do valor do contrato e seus aditivos. A estimativa do custo total de obra era de R$ 19 bilhões. Delfim Netto nesta época exercia muita influência junto ao governo Dilma. Ele era considerado um “consultor informal” do governo. Todos os envolvidos negam participação no esquema.
Conforme o MPF, durante a investigação, foram realizadas diligências, como suspensão de sigilos bancário, fiscal e de registros telefônicos, que revelaram a existência de estreitos vínculos entre os investigados e corroboraram com os ilícitos narrados pelos colaboradores. Também compõem as provas as colaborações premiadas de executivos da Odebrecht, igualmente remetidas pelo STF, acompanhadas de diversos documentos que reforçam as evidências de prática dos fatos criminosos.
Atualização às 18:00h
O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, determinou o bloqueio de cerca de R$ 4,4 milhões do ex-ministro Delfim Netto e de empresas ligadas a ele.
O valor foi rastreado pelos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) durante as investigações da 49ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Buona Fortuna, deflagrada nesta sexta-feira (9). A casa, o escritório e empresas do ex-ministro foram alvos mandados de busca e apreensão cumpridos durante a operação, que apura o pagamento de propina em obras que envolveram a construção da Usina Belo Monte, no Pará.
Trecho do depoimento de Otávio Azevedo
Não entendo como um jornal marxista, como “Hora do Povo” pode estar comemorando a (futura ) prisão do lulista Delfim Neto. Afinal de contas, ninguém foi mais responsável pela queda do Regime Militar, quanto o lulista Delfim Neto. Por sinal, veja o que o lulista Delfim Neto tem a bajular de Lula: https://www.youtube.com/watch?v=qS-TtLw4Qnk
O Regime Militar prestou grandes serviços ao Brasil. Dois deles foram: tranquilidade política e, imensos investimentos em infraestrutura.
A produção brasileira de petróleo cresceu mais de 8 vezes, a capacidade de refino de petróleo multiplicou-se mais de 12 vezes, a produção de soja aumentou mais de 60 vezes, extinguiu-se a varíola, decuplicou-se o número de vagas em escolas públicas, universalizou-se a previdência social, multiplicou-se a produção de eletricidade mais de dez vezes, etc.
Tudo correu bem, até o final do governo Médici, em março de 1974. Só que sob Geisel, os árabes aumentaram os preços do petróleo de US$3 o barril, em 1972, para mais de US$12 o barril, em 1974. E passou de US$34 o barril, de 1979 em diante. O Brasil que tinha dívida externa líquida de US$6 bilhões, em janeiro de 1974, passou a dever mais de US$90 bilhões, em janeiro de 1983. A inflação estava em cerca de 10% ao mês, de 1982 em diante e o desemprego era alto. A partir daí a queda do Regime Militar tornou-se inevitável. A isto se deve acrescentar, o caráter incompetente do mulherengo e último general-presidente, João Figueiredo, que semanas antes de sair do governo, deu uma entrevista à televisão, pedindo que o povo o esquecesse. Como disse o filho de Médici, Roberto Nogueira Médici: “Figueiredo devia ter comandado uma retirada ordenada, mas ele comandou uma rendição incondicional. ”
Delfim Neto, ao colocar o Brasil na primeira de (até agora) quatro décadas de crise econômica contínua, matou o Regime Militar e desde então, nossos militares vivem à míngua de recursos e equipamentos.
Em resumo: Delfim Neto, não Lula é que deveria ser elevado, ao patamar de herói maior da esquerda nacional.
Você acha mesmo que a ditadura deu ao país “tranquilidade política”?
Aquilo que eu chamou de “tranquilidade política” é o fato de ter tido o Brasil um número menor de ataques terroristas de 1964 a 1985, que a vasta maioria do mundo, no mesmo período de tempo. Entre 1964 e 1985, os marxistas mataram cerca de 120 pessoas no Brasil. Entre elas, o estudante pobre Edison Luiz. Chamo de tranquilidade política pois, na vizinha Argentina, apenas no último ano do governo democrático de Isabel Peron, a esquerda matou mais do triplo do que os marxistas mataram no Brasil, em 21 anos de Regime Militar. Na vizinha Colômbia, no período de 1964 a 1985, as esquerdas como as FARC mataram mais de 100 mil pessoas. Entre 1964 e 1985, o Brasil teve menos mortos em ataques terroristas, que países como: Estados Unidos, Itália, Inglaterra, etc. No caso dos Estados Unidos, apenas num ataque terrorista, em 1983, morreram 241 americanos. O que é do dobro de mortos, por marxistas no Brasil, pelos 21 anos de Regime Militar. Em outro ataque terrorista, desta vez em 1974, voo 841 da TWA, morreram 88 pessoas, sendo mais de 30 delas, americanos.
Se você acha que todas as vítimas do terrorismo fascista – até o Edson Luiz! – foram vítimas dos “marxistas” (seja lá o que você entende por isso), é melhor consultar o seu tio psiquiatra. Agora, leitor, é evidente que você não sabe o que foi a ditadura. Continue lendo o HP, que vai ajudar. Por exemplo: Figuras e figurinhas em 1964: antes e depois do golpe contra o Brasil (parte 1). O autor, aliás, é um colega do seu tio, da época do Instituto de Psiquiatria do Ceará (IPC).
Delfim Neto continua na ativa e ainda aliado ao PT, que outrora eram arqui inimigos