Orlando: “bloqueio de R$ 116 mi na Capes vai na contramão das necessidades de investimentos”

Deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP). Foto: Gilmar Felix - Câmara dos Deputados

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que o corte de R$ 116 milhões no orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) “vai na contramão das necessidades” do Brasil e do programa pelo qual Lula superou Bolsonaro.

Para Orlando, “o governo acertou, por exemplo, ao aumentar os valores das bolsas de estudo. Contudo, o bloqueio orçamentário de 116 milhões na Capes vai na contramão das necessidades”.

“O governo Lula tem a missão histórica de recuperar o que se perdeu e apontar para um projeto de desenvolvimento sustentável, baseado na ciência, que possa realizar a tão falada neoindustrialização, trazendo mais riqueza, melhores empregos, salários e direitos para nossa gente”, apontou o parlamentar.

“Isso só será feito com investimentos públicos ao longo dos anos”, continuou.

“Bem sabemos que Bolsonaro deixou um país arruinado do ponto de vista econômico e social. A reconstrução nacional requer superar o legado perverso e apontar para dias melhores. Investir em educação e ciência é chave para isso”, disse.

Orlando lembrou que o programa “negacionista” e de “destruição da educação e da ciência” de Jair Bolsonaro foi derrotado nas urnas.

No segundo mês de governo, Lula e a ministra da Ciência, Luciana Santos, anunciaram um aumento médio de 40% nas bolsas de mestrado e doutorado, além das bolsas de iniciação científica, da Capes e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Esses pagamentos estavam há uma década sem correção pela inflação.

No entanto, a Capes já sofreu um corte de R$ 116 milhões em seu orçamento ao longo do ano. Esses cortes podem ser ainda maiores no Orçamento para 2024.

Em uma nota, a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) e outras entidades mostraram preocupação com os cortes e reafirmaram que é na ciência “onde se encontra o esteio central do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro”.

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