“Como pode um serviço ter reajuste de 1/4 do valor de um ano para outro, mais de 5 vezes a inflação do período?”, questiona o deputado federal
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou na rede social que o aumento de até 25% dos planos de saúde em 2023, muito acima da inflação para o setor, é “injustificado” e “um disparate”. Mais de 50 milhões de clientes foram afetados pelo aumento abusivo.
“É um disparate, um aumento injustificado! Como pode um serviço ter reajuste de 1/4 do valor de um ano para outro, mais de 5 vezes a inflação do período? A ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar] precisa se pronunciar e evitar essa espoliação dos usuários”, disse o parlamentar.
Um estudo da BTG Pactual identificou que, em média, os planos de saúde subiram 11,52% no ano passado. Pelo menos três grandes operadoras subiram mais de 20% seus valores.
É o caso da SulAmerica, que subiu 25,8%, da Bradesco Saúde, com um aumento de 22,6%, e da Amil, com 21,2% a mais em um ano. A Hapvida e a Unimed subiram seus preços em 15% e 13,5%, respectivamente.
Grande parte desse aumento aconteceu através dos planos coletivos por adesão ou corporativos, que são tratados entre a operadora e empresas ou outras organizações.
Cerca de 84% das pessoas com convênio estão nesse tipo de plano, representando 50,6 milhões de clientes. Somente 8,9 milhões estão em planos individuais ou familiares.
Os planos por adesão ou corporativos não são limitados pelo teto de reajuste da ANS, que foi de 9,63% em 2023.
As empresas argumentam que os valores subiram por conta da inflação nos custos. A inflação em 2023, segundo o IPCA, foi de 4,62%.
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) citou, em comunicado, um prejuízo nos últimos anos e falou que “as mensalidades hoje não são suficientes para o pagamento das despesas assistenciais”.
ótima materia
parabéns