“É importante que se manifestem deputados e deputadas do mais vasto espectro político-ideológico da Casa”, afirma o parlamentar do PCdoB
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) defendeu a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as acusações de Sérgio Moro contra Jair Bolsonaro. “Ou fala a verdade Jair Bolsonaro, ou fala a verdade Sérgio Moro”, disse Orlando.
“É importante que se manifestem deputados e deputadas do mais vasto espectro político-ideológico da Casa, mostrando que uma CPI nesse momento é para apurar as graves denúncias feitas pelo então ministro Sérgio Moro, para que fique clara qual é a verdade”, disse.
Ao anunciar sua demissão do Ministério da Justiça, Sérgio Moro disse que Jair Bolsonaro estava tentando interferir politicamente na Polícia Federal para proteger seus filhos e aliados.
Depois que Bolsonaro negou, Moro apresentou prints da conversa feita por Whatsapp na qual Jair Bolsonaro envia uma notícia sobre a PF estar investigando de 10 a 12 deputados bolsonaristas e diz “mais um motivo para a troca”.
“Os atos praticados por Jair bolsonaro devem dar ensejo a uma CPI. A verdade tem que aparecer para o povo brasileiro e o Congresso tem a obrigação, ao instalar a Comissão Parlamentar, ao fazer a apuração devida, de expor a realidade e a verdade para o nosso povo”, continuou Orlando, em vídeo divulgado nas redes sociais.
O deputado federal acredita, também, que a CPI fortalece o exercício da democracia. “Se é verdade que as instituições estão funcionando, elas precisam impor limites ao senhor Jair Bolsonaro. Os Poderes Legislativo e Judiciário têm que impor limites aos abusos e excessos do senhor presidente da República”.
Segundo Orlando, “já temos grande parte das assinaturas coletadas dos nossos colegas de vários partidos. Faltam poucas assinaturas para que nós possamos consolidar o requerimento de instalação da CPI”.
“Dessa maneira vamos fazer, de fato, as instituições funcionarem. Os poderes, usando de suas prerrogativas, vão fazer a defesa das instituições e da democracia. Com democracia não se brinca”, concluiu.