“São Paulo é uma cidade com 12 milhões de habitantes”, mas “com uma malha metroviária e ferroviária muito tímida”, avaliou o candidato a prefeito do PCdoB
O deputado federal e candidato a prefeito de São Paulo, Orlando Silva (PCdoB), defendeu que “a cidade precisa colocar na sua pauta o transporte”, como trem e metrô.
“São Paulo é uma cidade com 12 milhões de habitantes”, mas “com uma malha metroviária e ferroviária muito tímida”, avaliou o candidato.
“A universidade pode ajudar demais a construirmos soluções de problemas, sobretudo se reunirmos a universidade e instituições do poder municipal”
Para ele, apesar do metrô ser mais da alçada do governo do estado, também é de responsabilidade do prefeito.
“Tudo o que interessa à cidade de São Paulo interessa ao prefeito. O prefeito tem que ser parte do movimento para enfrentar o tema e viabilizar transporte de alta capacidade”, disse em live realizada com a candidata a vereadora Mariana Moura (PCdoB), fundadora do grupo Cientistas Engajados.
Mariana defendeu que a Prefeitura de São Paulo deve induzir pesquisas que auxiliem na solução de problemas da capital: “o município tem condições de financiar uma pesquisa que tenha como proposta trazer solução para algum problema da cidade, seja na área de transporte, saúde, educação”.
Orlando Silva disse não ter “dúvidas de que a universidade pode ajudar demais a construirmos soluções de problemas, sobretudo se reunirmos a universidade e instituições do poder municipal”.
Durante a conversa, discutiram sobre os problemas da educação pública em São Paulo. Orlando Silva e Mariana Moura concordam que o ensino em tempo integral é indispensável.
“Estou convencido de que temos que ter ensino em tempo integral nas nossas escolas. Estamos em débito com as nossas crianças em não implementar ensino em tempo integral em uma escala mais ampla”, disse.
“Se eu não consigo ter ensino em tempo integral em todas as escolas, devemos mapear os territórios e implementar primeiro nas regiões pobres”, continuou.
Para Orlando, a principal questão a ser debatida nas eleições e implementada na Prefeitura é um “plano emergencial de emprego e renda”.
“A pandemia de Covid-19 aprofundou a crise que o Brasil arrasta na última década. Eu temo que nós vivamos, de 2011 para cá, com uma segunda década perdida. É um escândalo pensar que em 40 anos nós perdemos duas décadas”, disse.
“Estou convencido de que temos que ter ensino em tempo integral nas nossas escolas”
Em 2019, “a expectativa do mercado era de crescimento entre 2,5% e 3%”, enquanto “nós tínhamos a expectativa de que fosse um vôo de galinha. O fato é que foi o ‘pibinho’ de 1%”.
“Nós vamos governar São Paulo com essa tônica. Vamos fazer um esforço para se construir um plano emergencial para geração de emprego, salário e renda para o povo”, ressaltou o candidato do PCdoB.
“Na minha visão, ancorada na retomada de obras públicas, é o investimento em infraestrutura urbana e infraestrutura social que gera emprego extensivamente e enfrenta gargalos importantes na cidade”, avaliou.
Para Orlando, “o desemprego cresce muito, mas entre os jovens é sempre o dobro. Precisaremos ter uma alternativa de ocupação para os jovens, o que é um desafio enorme nosso”.
O plano também contará com microcréditos e financiamento de economia solidária, que “tem um peso na periferia de São Paulo”.
“Tem que ter desde um plano macro de investimento público até medidas micro para garantir emprego para os jovens e estímulo à economia solidária”, afirmou.
PEDRO BIANCO