O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que o “líder do governo [no Senado] falou o óbvio”.
“O ministro da Educação precisa ‘vazar’ rapidamente. Ele não tem condições de seguir comandando um dos principais ministérios do país”, defendeu Orlando em entrevista ao HP.
No vídeo da gravação da reunião ministerial do dia 22 de abril, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, diz que “eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”.
Em entrevista à GloboNews, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), declarou que “demitiria” Weintraub caso fosse presidente da República.
Para Orlando Silva, “o ministro da Educação, que o próprio presidente argumenta que é menos educado do que ele, é a síntese do viés autoritário desse governo. O que ele deseja é destruir as instituições. Ele gostaria de um governo autocrata, sem parlamento, sem poder judiciário”.
“Ele perdeu totalmente as condições de seguir como ministro de estado. A sua saída será uma questão de tempo”, enfatizou.
A saída de Weintraub “será um alívio para a Educação, os educadores, para a ciência e o pensamento crítico no país, porque é um elogio à ignorância tê-lo no comando da Educação brasileira”, avaliou o parlamentar.
Orlando observou que a reunião “pôs a nu o que é o governo de Jair Bolsonaro”. “Ele próprio e seus ministros se comportavam como uma gangue, como um grupo que fazia o conluio para atacar os seus adversários, para ferir a democracia, para agredir países irmãos que cooperam com o Brasil. Tudo isso numa tentativa de organizar esse bando para se perpetuar no poder”.
“Chocou o povo brasileiro”, prosseguiu Orlando Silva, “a completa indiferença de Jair Bolsonaro em relação à pandemia. Horas de reunião e a palavra coronavírus não se ouviu, ou a palavra saúde pública”.
“Eu diria que a reunião impressiona pela incapacidade deste bando de dar rumos ao nosso país”.
O deputado, que é pré-candidato a prefeito de São Paulo, frisou a “importância de se construir uma frente ampla para pôr fim a essa página infeliz da nossa história e recolocar o país no eixo do desenvolvimento nacional”.
PEDRO BIANCO