“O ex-ministro da Justiça tinha em casa um planejamento de golpe de Estado. São tijolos que vão se somando em um edifício de golpe de estado”, destacou o ministro da Justiça, ao comentar as declarações de Marcos do Val
Ao comentar os dados apresentados pelo senador Marco do Val, o ministro da Justiça Flávio Dino afirmou que as ações fortalecem indícios de “responsabilidade jurídica” do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) em atos antidemocráticos.
Ele classificou as falas do parlamentar como “gravíssimas”. Foi uma construção “de um edifício golpista e terrorista”. Em referência aos últimos episódios, o ministro escreveu que haviam “profissionais” dedicados à obra e enfatizou que os envolvidos serão punidos com o rigor da lei.
Dino lembrou, ainda da minuta encontrada na casa do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, que planejava intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no resultado das urnas.
“O ex-ministro da Justiça tinha em casa um planejamento de golpe de Estado. São tijolos que vão se somando em um edifício de golpe de estado. Quem eram os arquitetos, engenheiros e mandantes, a investigação vai mostrar”, afirmou Dino. “Temos muita clareza, muita nitidez, que havia infelizmente um núcleo – inclusive dentro da política – dedicado a rasgar a Constituição e tentar dar um golpe de Estado no Brasil”, ressaltou o ministro da Justiça.
Diante do fato novo, desvendado com as denúncias de Marcos do Val, o ministro acredita que o episódio que coleciona reviravolta e versões, fortalece o indício de responsabilidade de Bolsonaro.
“Não me cabe determinar caminhos de investigação. Mas, evidentemente, nós estamos diante de um fato novo, que fortalece a ideia de que, além da responsabilidade política, esta já evidente, há cada vez mais indícios producentes sobre a responsabilidade jurídica do ex-presidente da República e de um pessoal ligado a ele”, avaliou.