Documentário conta a trajetória de Lúcia Maria Pimentel, histórica dirigente política no combate à ditadura e em defesa dos direitos das mulheres
Com sessão lotada, a Cinemateca Brasileira recebeu na última quarta-feira (20) a exibição do documentário “Ousar Viver! Histórias da Maria”. Dirigido pelo cineasta Silvio Tendler, o longa-metragem conta a trajetória de Lúcia Maria Pimentel, histórica dirigente política no combate à ditadura e em defesa dos direitos das mulheres.
O documentário retrata a vida de Maria desde o movimento estudantil, seu exílio, passando pelo movimento pela redemocratização do país e o seu pioneirismo na organização das mulheres no movimento sindical durante a década de 70. Maria foi dirigente do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8), do Partido Pátria Livre e atualmente compõe o Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e a direção nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
“Eu fiquei muito emocionada aqui hoje, e eu fiz questão de lembrar do Sérgio Rubens, que foi meu mentor e eu queria trazê-lo para o filme. Foi muito emocionante lembrar de tantas histórias, tantos companheiros de jornada”, declarou Maria.
Com trilha sonora original do Maestro Marcus Vinicius e direção de fotografia de Lucio Kodato, o filme foi produzido por Fabíola Notari, Lenice Antunez, Maria Beatriz Rocha, Mirlene Simões e Monica Fonseca Severo, e realizado pelos Instituto Angelim e Caliban Produções, em parceria do CPC-UMES.
No evento, o diretor Silvio Tendler foi representado Lucio Kodato, afirmando que a mensagem que Tendler gostaria de transmitir era a de que o filme fosse “dedicado à juventude brasileira”.
“A Maria desde muito jovem se concretizou com as bandeiras de luta pela democracia e continua defendendo as bandeiras de luta com relação as mulheres, principalmente as mulheres no mundo do trabalho. Licença maternidade, igualdade de salário e é isso que ela nos apresentou na década de 70. E hoje, mostrar a história dela a partir de um vídeo documentário é também para memorizar e para a gente resgatar esse momento de luta, que foi exercer essas bandeiras, os direitos das mulheres no mundo do trabalho”, afirma Mirlene, professora e pesquisadora de movimentos de juventude e movimentos de mulheres.
O filme foi disponibilizado na íntegra pelo Instituto Angelim no seu canal do Youtube.
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