“Temos que evitar esses problemas. O Brasil já tem muitos problemas”, disse o presidente do Senado, na contramão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que atacou o ministro de Lula
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que tem “simpatia” pelo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e que ele é “competente”.
O comentário foi feito depois de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, atacar Padilha chamando-o de “incompetente” e “desafeto pessoal”.
Para Pacheco, “temos que evitar esses problemas. O Brasil já tem muitos problemas. Ninguém é perfeito, mas ninguém também é tão mau assim. Tem que conviver com as divergências”.
“Posso dizer que eu me esforço muito para manter uma boa relação com o próprio governo, com o próprio ministro, por quem tenho afeição, simpatia e o considero competente”, continuou.
O presidente do Senado disse, ainda, que “espera” que a relação entre o Congresso e o governo federal, “especialmente com essa peça chave que é o ministro Alexandre Padilha, possa ser a melhor possível”.
Arthur Lira foi questionado por jornalistas sobre um possível enfraquecimento de sua influência na Câmara após a votação, encerrada em 277 contra 129, que decidiu manter o deputado Chiquinho Brazão preso acusado de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco.
“Essa notícia foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, um incompetente. Não existe partidarização na votação sobre Brazão”, disse. “A votação era de cunho individual, cada deputado era responsável pelo voto que deu”, alegou.
Em resposta, Padilha disse que não iria “descer a esse nível [de Lira]”. Declarou, ainda, que sua mãe lhe ensinou que “quando um não quer, dois não brigam”. “O Brasil quer ser feliz”, completou Padilha em entrevista antes de um evento no Rio de Janeiro.