Temer assinou, na terça-feira (31/07), a Medida Provisória 847/2018 que estabelece a aplicação do desconto de R$ 0,46 no litro de óleo diesel de agosto até o final do ano. O desconto, que ainda não foi plenamente aplicado ao consumidor, foi a condição para que a greve dos caminhoneiros, que estourou em maio, chegasse ao fim.
Ainda assim, nem mesmo com a prorrogação da MP, a redução dos preços está garantida pois, segundo o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, novos aumentos poderão ocorrer no próximo período.
“O compromisso que o governo tinha com os caminhoneiros era manter o desconto de R$ 0,46 até 31 de dezembro de 2018. Portanto, vencido o primeiro período em que haverá revisão do preço, variações podem ser positivas ou negativas, e aí teremos o novo preço”, declarou Padilha.
Com isso, os preços dos combustíveis fora de controle, atrelados à especulação internacional, nos próximos meses, ninguém sabe quais serão.
Os preços alucinados dos combustíveis, somados aos da energia elétrica, juros altos, cortes nos investimentos, arrocho na renda e desemprego recorde, colocaram e vão colocar lenha na crise econômica, iniciada em meados de 2014, agravando a recessão que já dura há quatro anos.
A nova MP restringe o desconto à comercialização de óleo diesel “rodoviário”. A MP anterior deixou em aberto o benefício, que acabou indo para o transporte marítimo.
O desatino da política de preços imposta à Petrobrás, ao invés de preços baseados nos custo de produção da empresa, fez com que a redução no diesel – que segundo à própria ANP, na bomba, chegou a R$ 0,41 – esteja sendo bancada com escassos recursos de áreas, já depauperadas, como a saúde.