Eduardo Paes (Dem) disse nesta quinta-feira, no primeiro debate do 2º turno com seu adversário, Wilson Witzel (PSC), na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que “o Rio não pode votar num holograma que a gente não sabe quem é”. Paes afirmou ainda que o adversário está usando o presidenciável (Bolsonaro) como “bengala”.
Durante o debate, ele afirmou que Witzel conhecera o deputado do PSL “outro dia” e que, inclusive, não tinha legitimidade para defender as bandeiras históricas do presidenciável. Falando de sua candidatura, Paes acrescentou que “essa candidatura tem cara, nome e não se esconde atrás de ninguém”. “Estamos elegendo o governador do estado do Rio de Janeiro. Não estamos elegendo alguém para representar o próximo presidente da República”, afirmou o ex-prefeito.
Witzel, que apresentou como proposta para resolver a falta de investimentos no estado, a ampliação das concessões para a iniciativa privada de 25 anos para 70 anos, classificou ser chamado de “bengala” como “frase de candidato em desespero”. “As minhas propostas estão alinhadas à proposta do candidato do PSL”, disse ele.
O deputado Marcelo Freixo (PSOL), que estuda recomendar apoio crítico a Paes, pediu que o ex-prefeito se posicione de forma clara contra bandeiras do capitão reformado que considera antidemocráticas, como o “combate a qualquer tipo de ativismo”. Paes já criticou, por exemplo, o ato com a presença de Witzel em que a placa em homenagem a Marielle Franco (PSOL), assassinada em março, foi quebrada.