“Me diz onde é! Vou cancelar todos os ônibus para lá”, disse o prefeito, ao saber que o “capitão cloroquina” fazia demagogia na cidade
Ao saber que o “espalha-vírus” se aproveitou de uma passagem pelo Rio de Janeiro no último sábado (11) para fazer demagogia na cidade, fingindo que esperava ônibus numa de suas ruas, o prefeito Eduardo Paes (PSD) não perdoou. “Porra, me diz onde é! Vou cancelar todos os ônibus para la!”, disse ele.
Bolsonaro, para variar, estava sem máscara. Ele segue em campanha fervorosa para facilitar a entrada da variante ômicron no Brasil. Mandou a Advocacia Geral da União (AGU) tentar derrubar a decisão – tomada no mundo todo – abraçada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de obrigar todos os turistas a apresentarem comprovante de vacinação. Ele quer a todo custo facilitar a entrada do vírus no país.
Logo depois da ‘falta do que fazer’ no Rio de Janeiro, Bolsonaro embarcou para a Bahia onde se aproveitou da tragédia das enchentes que desabrigaram dezenas de milhares de pessoas para fazer campanha eleitoral. Sobrevoou o local da tragédia, acenou para apoiadores, desfilou de carro aberto, tirou selfies, mandou seus seguranças espancarem jornalistas e depois foi embora. A única “ajuda” foi a liberação do FGTS, ou seja, dinheiro do próprio trabalhador, para que as pessoas enfrentassem as perdas.
O governador Rui Costa (PT) também não perdoou a encenação eleitoreira de Bolsonaro. “Bolsonaro não tem nenhum sentimento de humanidade, de empatia”, afirmou. Ele chamou de “ridícula” o anúncio da liberação do FGTS (Fundo de Garantia e Tempo de Serviço) à população afetada pelas enchentes. “Se não fosse trágico, era piada. O FGTS pertence ao cidadão. O que ele está liberando é dinheiro do cidadão”, criticou Costa, cobrando mais ajuda do governo federal.